Em meio à crise com o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve escolher para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um nome indicado pela própria Corte. A lista é composta por três candidatos para a vaga aberta em fevereiro e será definida nesta quarta-feira (4) pelo Supremo.
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Os quatro candidatos escolhidos pelo TSE são André Ramos Tavares, Fabrício Medeiros, Vera Lúcia Santana e Rogéria Dotti. Entre eles, o Supremo escolherá três para encaminhar ao presidente Bolsonaro.
O Presidente da República é obrigado a seguir a lista, mas tem liberdade para escolher qualquer um dos três nomes. A decisão não tem um prazo, ou seja, pode sair depois das eleições ou, até mesmo, ser escolhida por um possível novo presidente.
André Ramos Tavares é professor de direito da USP, já integrou a Comissão de Ética Pública da Presidência entre 2018 e 2021 e presidiu o colegiado nos dois últimos anos. Fabrício Medeiros é advogado e tem experiência na Justiça Eleitoral, além de ser apadrinhado por Alexandre de Moraes.
Vera Lúcia Santana de Araújo é advogada e garantiu o apoio do ex-ministro Joaquim Barbosa, tento forte atuação de militância nos movimentos negros, participando da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). Já Rogéria Dotti é advogada e assinou um manifesto contra a tese de intervenção das Forças Armadas junto ao pai, René Dotti, jurista renomado que atuou contra a ditadura e em defesa de perseguidos pelo regime militar.
Apesar da lista do TSE, as votações do Supremo são secretas e podem indicar um nome que não está na lista. O candidato bolsonarista seria Gustavo Severo, que tem apoio de Dias Toffoli e é próximo da família Bolsonaro, mas as chances dos ministros incluírem na lista são baixas.
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