Cinquenta civis são resgatados da siderúrgica Azovstal, último ponto de resistência em Mariupol
Apesar dos ataques no início do dia, ONU consegue colocar em prática nova etapa da operação
06/05/2022 19h25
Em uma nova operação, 50 civis ucranianos foram resgatados da siderúrgica Azovstal, último ponto de resistência em Mariupol, na Ucrânia. A informação foi divulgada pela vice-primeira ministra ucraniana Iryna Vereshchuk na tarde desta sexta-feira (6).
“Hoje conseguimos evacuar de Azovstal 50 mulheres, crianças e idosos”, informou Vereshchuk no Telegram.
A retirada aconteceu através de uma operação de resgate arquitetada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Cruz Vermelha Internacional.
Além da informação, a ministra acusou os russos de violarem o cessar fogo combinado entre os dois países para facilitar a saída dos civis. Diante disso, ela afirmou que a evacuação aconteceu de maneira extremamente lenta.
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Mais cedo, a siderúrgica foi alvo de ataques por parte das tropas russas. O Ministério da Defesa da Ucrânia apontou que "em algumas áreas, com o apoio da aviação, retomaram as operações de assalto para assumir o controle da usina".
O município está sob controle russo, porém, há muitos civis ucranianos que permanecem no local e Azovstal é o local onde está a maioria deles. O complexo, criado no período soviético, inclui um labirinto de bunkers subterrâneos.
O governo russo justifica os ataques na siderúrgica por entender que no local há “reféns” e “prisioneiros” do “Regime de Kiev”, que é composto pelo Batalhão Azov, uma milícia ligada a ideologias nazistas que surgiu no país em 2014.
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