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Reprodução/ Flickr Palácio do Planalto
Reprodução/ Flickr Palácio do Planalto

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta sexta-feira (6) que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive investigação contra o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). O parlamentar é investigado pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O documento foi assinado pela vice-procuradora, Lindôra Araújo. A solicitação foi enviada à ministra do STF Rosa Weber. Segundo argumentos da PGR, não há elementos suficientes para indiciar Nogueira.

“Não havendo a comprovação sobre a existência de eventual acerto da quantia de R$ 8 milhões com Ciro Nogueira, em contrapartida ao adiamento de uma reunião partidária sobre o desembarque do PP do Governo Dilma, perde força a narrativa de que teria ocorrido um pagamento no valor de R$ 500 mil como parte do acerto financeiro supostamente feito quase um ano antes", afirma.

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"Não há indícios nos autos da existência de crime de corrupção passiva, em virtude do suposto pagamento de valores em espécie com o propósito de compra de apoio do Partido Progressista à candidatura de Dilma Rousseff, nas eleições de 2014. ambém não foram colacionados aos autos elementos contundentes que apontem que os valores supostamente recebidos por Gustavo Nogueira tenham sido entregues a Ciro Nogueira”, completou.

A Polícia Federal informou em abril ao STF que o atual ministro da Casa Civil cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso teria acontecido entre 2014 e 2017. As investigações começaram em 2018 e concluiu que o empresário Joesley Batista pagou propina ao PP em troca de apoio para a reeleição da então presidente Dilma Rousseff e ainda apoio durante o segundo mandato.

Joesley afirmou em depoimento que o pagamento da propina de R$ 500 mil ao então senador Ciro Nogueira foi entregue em uma mala.

“Parte da vantagem indevida foi encaminhada ao Partido Progressista, por determinação de Ciro Nogueira, por intermédio de doação eleitoral oficial, como consta nos recibos da prestação de campanha”.

A Polícia Federal aponta outros envolvidos no caso: Gustavo Lima, irmão de Ciro Nogueira; Edinho Silva, então tesoureiro da campanha do PT; Joesley Batista e Ricardo Saud.

"Desse modo, forçoso reconhecer que a apuração não reuniu suporte probatório mínimo (justa causa em sentido estrito) que ampare o oferecimento de denúncia em desfavor do parlamentar federal investigado", escreveu Lindôra.

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