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Reprodução/ Flickr Senado Federal
Reprodução/ Flickr Senado Federal

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (6) a proposta do presidente Jair Bolsonaro de contratar uma empresa privada para fazer uma auditoria do processo eleitoral.

Pacheco foi questionado sobre a declaração do chefe do Executivo. Durante live em suas redes sociais, Bolsonaro disse que vai contratar uma empresa "para fazer auditoria nas eleições" deste ano.

"Para melhor termos umas eleições livres de qualquer suspeita e de interesse externo, mas ela pode falar que é impossível auditar e não aceitar fazer o trabalho, olha a que ponto nós vamos chegar", afirmou o presidente durante a transmissão.

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Segundo o chefe do Executivo, a ideia de fazer uma auditoria “independente” foi discutida com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Para o senador, que está no exercício da Presidência da República devido a viagens de Bolsonaro, do vice Hamilton Mourão e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a responsabilidade pelo processo eleitoral cabe somente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"A responsabilidade pelo processo eleitoral cabe a uma Justiça especializada no Brasil, liderada pelo TSE, tem uma estruturação Brasil a fora que é a Justiça Eleitoral. A ela cabe a confiança dos brasileiros e da sociedade sobre a higidez do processo eleitoral, do processo de apuração das eleições. Não cabe a nenhuma entidade privada ou outra instituição a participação na contagem ou recontagem de votos porque esse é um papel da Justiça Eleitoral", destacou.

Pacheco ainda afirmou que confia no processo eleitoral do país e que as falas de Bolsonaro não são justificáveis.

"Esses questionamentos de Bolsonaro, uma vez feitos, eles não contribuem, e cabe à Justiça Eleitoral e a todas as instituições reafirmarem a garantia do processo eleitoral e demonstrar isso para toda a sociedade brasileira. Eu tenho plena confiança nas nossas eleições correndo dentro da normalidade, através das urnas eletrônicas, uma vez que foi superada a tese do voto impresso pelo Congresso", completou.

"Todo o questionamento institucional às instituições, questionamentos que não têm justa causa, não tem lastro probatório ou legitimidade são questionamentos que não contribuem e, consequentemente, podem, sim, atrapalhar o bom andamento das instituições", apontou Pacheco.

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