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MP investiga se Rogério de Andrade, bicheiro no RJ, foi o mandante da morte de Marielle Franco

É a primeira vez que o órgão aponta um nome na investigação do assassinato da vereadora


10/05/2022 18h51

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) informou nesta terça-feira (10) que apura se o bicheiro Rogério de Andrade, sobrinho do contraventor Castor de Andrade, foi o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco. É a primeira vez desde o início das investigações, em março de 2018, que o órgão anuncia um nome.

Mais cedo, Andrade e o PM reformado Ronnie Lessa, réu por ser o executor do crime contra a vereadora, foram alvos da Operação Calígula, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado).

"Desde o primeiro momento em que essa equipe assumiu o caso, estamos revisitando tudo que foi produzido. Temos como premissa que dois indivíduos que foram denunciados por executar o crime. E é fato notório a ligação entre ambos [Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz], e entre eles principalmente Ronnie Lessa, e o chefe da organização criminosa, o 01 dessa denúncia, Rogério Andrade", explicou o promotor Diogo Erthal, integrante do Gaeco e da Força-Tarefa do Caso Marielle.

Mesmo com a indicação do nome e da operação, ainda não há provas para denunciar o bicheiro pela morte de Marielle.

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A operação desvendou um esquema de corrupção ligado a uma organização criminosa formada pela associação de Andrade e Lessa para a abertura de um bingo na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Quem é Rogério de Andrade?

Rogério é sobrinho de Castro de Andrade, um dos maiores bicheiros do Rio de Janeiro e criador do modelo de cúpula do jogo do bicho.

Após a morte de Castor em 1997, o controle dos negócios criminosos foram divididos entre Rogério e Fernando, seu genro. Porém, a gestão dos dois não foi pacífica e meses depois iniciaram uma disputa para assumir o controle.

Foi neste contexto que Lessa se aliou a Rogério e o ex-PM passou a trabalhar como segurança da família Andrade.

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A guerra entre os dois seguiu até novembro de 2020, quando Fernando foi morto a tiros ao pousar de um helicóptero no Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste da capital carioca.

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