O Roda Viva desta segunda-feira (23) recebe o cantor e compositor Gilberto Gil.
A escritora Djamila Ribeiro questiona a entrada do cantor na Academia Brasileira de Letras (ABL). Gil explica que o trabalho ao longo da vida foi uma das principais causas do seu ingresso na Academia neste ano.
“Sem dúvida alguma, o aspecto mais relevante da minha presença lá, da Academia ter me acolhido e ter me dado uma cadeira é a cultura popular. A oralidade é muito importante e no Brasil ela é uma coisa extraordinária. Há uma mistura dos Yangatus com os Tupis, também com portugueses e franceses, além dos modos africanos. Isso fez com que surgisse uma língua, um modo popular, uma forma de dizer as coisas é extraordinária”, explica.
O cantor ressalta que a ABL reconhece a importância de ter nomes populares entre seus membros, apesar de ser uma casa de “escritores, literatos, dramaturgos e filósofos”.
Leia também: Júlio Medaglia é eleito para Academia Brasileira de Música
“A música popular é a palavra cantada. É a oralidade levada ao extremo pela junção da música com a melodia, ritmo e etc”, conclui.
Apesar de ser considerado o primeiro músico popular a entrar para a academia, Gil diz que outros deveriam ter entrado antes que ele, como Tom Jobim, Villa Lobos ou Ari Barroso.
Assista ao trecho completo:
Participam da bancada de entrevistadores João Marcello Bôscoli, produtor musical, Evandro Fióti, artista e CEO da Lab Fantasma, a diretora artística Amora Mautner, a comunicadora Sarah Oliveira, e Djamila Ribeiro, escritora e mestre em Filosofia.
Assista ao programa na íntegra:
O Roda Viva vai ao ar toda segunda-feira às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.
REDES SOCIAIS