O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu nesta quinta-feira (2) o Partido da Causa Operária (PCO) no inquérito das fake news, que investiga ataques contra ministros da Corte.
O ministro, que é relator do processo, determinou que a Polícia Federal investigue ataques realizados pelo partido. O magistrado ainda pediu que a PF tome o depoimento do presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, em cinco dias. Pimenta deverá esclarecer as postagens. Moraes ainda bloqueou as contas do partido nas redes sociais.
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O inquérito das fake news tem como investigados o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), por ataques e ofensas a ministros do STF.
Moraes apontou "fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido, divulgados em seu site na internet".
"Há relevantes indícios da utilização de dinheiro público por parte do presidente de um partido político – no caso, o PCO – para fins meramente ilícitos, quais sejam a disseminação em massa de ataques escancarados e reiterados às instituições democráticas e ao próprio Estado Democrático de Direito, em total desrespeito aos parâmetros constitucionais que protegem a liberdade de expressão", argumentou o ministro.
O ministro ainda destacou que o partido utiliza de plataformas digitais como Instagram, Facebook, Telegram, Youtube, Tik Tok, para propagar ofensas.
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