O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou na última sexta-feira (10) que a Amazônia sofreu uma devastação de 2.867 km2 em seu território, o pior desempenho registrado para o período desde o começo da série histórica (2016).
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Os dados contradizem as falas do presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que o atual governo trabalhou para combater o desmatamento, em discurso feito na Cúpula das Américas.
De acordo com o relatório, revelado no mês de maio, o desmatamento foi de 900 km2, o segundo pior resultado para o mês, ficando atrás apenas do mesmo período do ano passado, quando o índice acabou sendo de 1.390 km2. A análise foi feita pelo sistema Deter.
“Os recordes de desmatamento representam a falta de políticas ambientais, bem como o desmonte daquelas que eram efetivas. Não é aceitável que a Amazônia continue como terra sem lei. Precisamos urgentemente retomar iniciativas de conservação e desenvolvimento sustentável na região e evitar projetos de lei prejudiciais ao meio ambiente que estão em tramitação no Congresso Nacional” afirmou Maurício Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil, em entrevista para o jornal O Globo.
De janeiro até o mês de maio, o Brasil alcançou o terceiro ano consecutivo com o recorde de desmatamento. Os 2.867 km2 de agora mostram que ocorreu um crescimento de 12,7% em relação ao ano passado.
O Amazonas foi o estado que mais sofreu desmatamento (298 km2), enquanto o Pará ocupa a segunda colocação (272 km2).
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