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Há um ano, delegado Alexandre Saraiva criticou queda na fiscalização do desmatamento no AM

Debate sobre fiscalização e segurança na Amazônia volta a ficar em foco após desaparecimento de jornalista e indigenista


13/06/2022 16h39

Com o desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, o tema sobre segurança e fiscalização na Amazônia voltou a ficar em foco no Brasil na última semana. Há um ano atrás, o delegado Alexandre Saraiva, da Polícia Federal, lamentou o desmonte dessa área no Roda Viva e disse que a situação nunca esteve pior.

“Essa é uma coisa que não tem cabimento [sobre decisão que muda regras de multas ambientais]. É uma coisa completamente desarrazoado. Não tem lógica você limitar o entendimento do fiscal do Ibama. Não se pode fazer isso”, disse de maneira indignada.

O delegado ainda completou que aquele momento era o pior da história da fiscalização ambiental no país.

Ainda sobre o assunto, ele alegou que, como cidadão, enxerga um trabalho do governo para tornar as fiscalizações ambientais cada vez menos eficazes. Dessa maneira, o desmatamento aumentaria e a vida das pessoas que vivem na região pioraria.

Assista ao trecho completo:


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As criticas de Saraiva durante o Roda Viva não foram em vão e refletiram nos dados sobre desmatamento. Dados divulgados em abril pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que o desmatamento da Floresta Amazônica registrado no primeiro trimestre de 2022 foi o pior de toda a série histórica.

Janeiro, fevereiro e março deste ano somaram um desmatamento de 941,3 quilômetros quadrados. Detalhe que os meses em questão geralmente não são os que observam os maiores índices. O resultado é 64% maior do que o mesmo período no ano passado.

Uma das atividades que mais geram desmatamento na Amazônia é o garimpo ilegal. Diante do aumento dessa atividade criminosa, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou que a União retome ações contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami à Justiça Federal.

A solicitação do MPF se deu pois as operações executadas pelo Governo Federal em 2021 não controlaram o avanço da prática, de acordo com o próprio ministério. Os Yanomami residem na maior reserva do país, que se estende por 10 milhões de hectares entre os estados do Amazonas e de Roraima.

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