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Os restos mortais encontrados no local das buscas por Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips na Amazônia chegaram em uma aeronave da Polícia Federal na tarde desta quinta-feira (16) no Aeroporto de Brasília.

Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou o assassinato do indigenista e do jornalista na quarta-feira (15). A revelação do crime aconteceu somente 10 dias após o desaparecimento da dupla, que foi vista pela última vez em 5 de junho, na cidade de Atalaia do Norte (AM), na região da terra indígena Vale do Javari.

Veja agora uma cronologia do caso:

Dia 1 - 05 de junho:

Após concluírem uma expedição, Dom e Bruno estiveram na comunidade ribeirinha São Rafael, para um encontro com Churrasco, líder comunitário. A conversa havia sido marcada por Bruno, o assunto era a vigilância que ribeirinhos e indígenas estavam fazendo contra invasores na região.

Antes, a dupla havia passado pela região Atalaia do Norte (AM), na região da terra indígena Vale do Javari. Dom fazia entrevistas com lideranças indígenas para o seu livro, chamado "Como Salvar a Amazônia?".

No dia 5 de junho, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) percebeu o sumiço da dupla e e começou duas expedições de buscas, mas não encontraram nada.

Dia 2 - 6 de junho:

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI) divulgaram o desaparecimento da dupla.

O Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento para investigar o desaparecimento. A Marinha, a Polícia Federal, Polícia Civil, Força Nacional e Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari começaram a investigação do caso.

No mesmo dia, a PF ouviu as duas últimas pessoas que se encontraram com Dom e Bruno.

Dia 3: 7 de junho:

A Polícia Federal prendeu Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como “Pelado”. Amarildo foi preso em flagrante durante uma abordagem por posse de drogas e munição calibre 762, de uso restrito.

Dia 4: 8 de junho:

PF confirma prisão de “Pelado”. Buscas pela dupla foram realizadas.

Dia 5 - 9 de junho:

Protestos em Londres e em Los Angeles, onde aconteceu a Cúpula das Américas, pediram respostas sobre o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Araújo.

Além disso, vestígios de sangue foram encontrados na lancha usada por Amarildo. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou a prisão temporária de Pelado.

Dia 6 - 10 de junho:

A PF encontrou “material orgânico aparentemente humano” no rio Itaquaí, no Vale do Javari, o lugar onde Dom Phillips e Bruno Araújo foram vistos pela última vez.

O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo adotasse “todas as providências necessárias à localização” da dupla desaparecida.

Dia 7 - 11 de junho:

sem atualizações

Dia 8 - 12 de junho:

O Corpo de Bombeiros do Amazonas encontrou uma mochila, um notebook e calçados. Além disso, policiais encontraram um cartão de saúde com o nome de Bruno Pereira, uma calça, um chinelo e um par de botas de Pereira e um par de botas e uma mochila de Phillips.

Dia 9 - 13 de junho:

Alessandra Sampaio, esposa de Dom Phillips, afirmou que o corpo do jornalista e o de Bruno Pereira foram encontrados. A família foi informada pela Embaixada Brasileira no Reino Unido.

No entanto, a Polícia Federal e a Associação indígena negaram a informação.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o desaparecimento. Segundo o presidente, “eles sabiam do risco da região”. “Isso acontece em qualquer lugar do mundo. Acho que até os dois sabiam do risco que corriam naquela região. Os dois sabiam”, disse.

Dia 10 - 14 de junho:

A família do jornalista Dom publicou uma nota criticando as informações contraditórias em relação ao desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista.

Servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) realizaram um ato pedindo respostas pelo desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips. O protesto, que também pediu mais segurança aos ambientalistas e indigenistas, foi feito em Brasília, em frente à sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Embaixada do Brasil no Reino Unido admite que errou ao informar que os corpos foram encontrados.

O segundo suspeito, Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como "Dos Santos", foi preso temporariamente. Dos Santos é irmão de Amarildo da Costa de Oliveira.

Dia 11 - 15 de junho:

Boris Johnson se pronunciou pela primeira vez sobre o desaparecimento. “O que dissemos aos brasileiros é que estamos prontos para dar todo o suporte que eles precisarem”, anunciou o primeiro-ministro do Reino Unido.

Jair Bolsonaro (PL) disse que Dom Phillips era “malvisto” na Amazônia e deveria ter “redobrado a atenção” enquanto estava na área.

No mesmo dia, a PF levou “Pelado”, ao local do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

Os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa Oliveira, presos pelo suposto envolvimento no desaparecimento confessaram o assassinato.

Segundo a PF, Amarildo afirmou que Bruno e Dom foram assassinados, esquartejados, queimados e enterrados.

O superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, confirmou as informações em coletiva de imprensa. Os remanescentes humanos foram levados para perícia.

Dia 12 - 16 de junho:

A Polícia Federal informou que investiga cinco pessoas envolvidas no assassinato. A corporação ainda procurou o barco usado pelo jornalista e pelo indigenista quando foram atacados na Amazônia. O veículo ainda não foi encontrado.

O presidente Jair Bolsonaro lamentou a morte de Dom Phillips e de Bruno Araújo Pereira. A declaração aconteceu em uma rede social, mais de 10 horas depois da coletiva de imprensa que anunciou detalhes da investigação. “Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!”, escreveu o chefe do Executivo.

Os restos mortais encontrados no local das buscas por Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips na Amazônia chegaram em uma aeronave da Polícia Federal no Aeroporto de Brasília.

Os corpos chegaram em caixões e serão periciados pelo Instituto Nacional de Criminalística.

Dia 13 - 17 de junho:

O Instituto Nacional de Criminalística faz a perícia dos corpos. O resultado deve sair em até 10 dias. As análises ainda devem esclarecer qual foi a causa da morte.