Fundação Padre Anchieta

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O mês de junho foi o escolhido pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) para alertar sobre os riscos de lesões provocadas pelos acidentes causados nesta época do ano. Por ser mês das famosas festas de São João, o fogo, fogos de artifício e alimentos quentes estão mais presentes.

São estimados que cerca de 1 milhão de acidentes envolvendo queimaduras aconteçam anualmente, onde somente 100 mil pacientes buscam atendimento médico e 2,5 mil acabam morrendo. Tudo em decorrência das lesões, direta ou indiretamente.

Apesar de muitos acidentes ocorrerem durante o período de festas juninas, a médica dermatologista Letícia Rautha diz que esses não são os mais comuns. “Em primeiro lugar estão as [queimaduras] solares, que geralmente envolvem queimaduras de primeiro e segundo grau. A segunda é por acidentes de cozinha, envolvendo óleo, água e café quente. Essas são as mais comuns”, enumera.

Letícia explica que as queimaduras são classificadas em primeiro, segundo e terceiro grau. A diferença entre elas é que a primária atinge a camada superficial da pele, a epiderme e causa vermelhidão. A secundária é mais profunda e afeta a epiderme e um pouco da derme, com formação de bolhas. A terciária envolve perda de toda a pele, como vasos sanguíneos e terminações nervosas, tendo dificuldade de regeneração e em alguns casos pode causar restrição de movimentos.

Maria Eduarda Vieira, de 22 anos, foi uma das vítimas do fogo. Ela teve 80% de seu corpo queimado, com queimaduras de segundo e terceiro grau profundo, em um acidente em um restaurante de Embu das Artes (SP), em agosto de 2021. O acidente ocorreu quando um funcionário foi abastecer o rechaud, um recipiente com fogareiro usado em restaurante para manter o alimento aquecido, e acabou causando uma explosão. Ela e o namorado foram atingidos pelas labaredas. “Pedi ajuda para as pessoas e elas ficaram assustadas vendo o fogo. Eu vi na sombra do sol o fogo em mim", relata em entrevista ao site da TV Cultura.

“Enfrentar esse mundo novo é muito difícil, os olhares das pessoas, né?”, conta a jovem, que passou quatro meses na UTI por conta do acidente e teve todo o lado esquerdo do corpo atingido.

Em casos de queimadura a dermatologista recomenda o que fazer: 

“Primeiro a pessoa atingida deve verificar se está só vermelho ou se tem bolhas. Se a queimadura é pequena e apenas vermelha, recomenda-se passar uma sulfadiazina de prata ou uma pasta d’água. Já nos casos de queimaduras por óleo, deve lavar em água abundante. E em casos mais sérios deve procurar uma emergência médica, principalmente em casos de queimaduras elétricas.”

Letícia também diz que o uso de filtro solar é essencial para todos, mas principalmente para pessoas queimadas. 

Este é o caso de Maria Eduarda, que faz o uso frequente do filtro, e não pode se expor ao sol: “A única limitação que eu tenho hoje em dia é não sair no sol, por conta de escurecer o enxerto“, diz.

A dermatologista Letícia Rautha dá algumas dicas para evitar queimaduras:

- Usar filtro solar

- Evitar a exposição ao sol das 10h às 16h

- Em praias e parques opte por usar chapéus e roupas com proteção UV

- Cozinhar com atenção

- Observar fios desencapados

- Utilizar sapatos de borracha ao mexer em rede elétrica

- Atenção redobrada com crianças próximas ao fogo

A Sociedade Brasileira de Queimaduras tem Unidades de Tratamento às vítimas de queimadura por todo Brasil. Clique aqui para conhecer as unidades.