O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (23) o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. A declaração foi realizada durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
Bolsonaro está em Caruaru (PE), para participar da festa junina de São João. O mandatário afirmou que “exagerou” ao afirmar que colocava a cara no fogo pelo ex-ministro da Educação.
Leia mais: Desembargador do TRF1 manda soltar ex-ministro Milton Ribeiro e pastores
“Ontem tivemos a prisão do ex-ministro Milton, da Educação. Falei lá atrás que botava a cara no fogo por ele. Eu exagerei, mas eu boto a mão no fogo pelo Milton, assim como boto por todos os meus ministros, porque o que eu conheço deles, a vivência, dificilmente alguém vai fazer, vai cometer um ato de corrupção. Bem, vou deixar bem claro uma coisa, o Milton é pastor, e aquela história de dois pastores”, disse.
Em abril, quando o jornal S.Paulo divulgou uma denúncia contra o então ministro da Educação, o presidente Jair Bolsonaro defendeu Ribeiro: “Coisa rara de eu falar aqui, eu boto minha cara no fogo pelo Milton. Minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, afirmou à época.
Milton Ribeiro foi preso pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (22) no litoral de São Paulo. De acordo com a PF, a operação “Acesso Pago” tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC.
"No final da investigação da Polícia Federal, que levou em conta o trabalho da CGU, pedido pelo Milton, então o juiz decretou a prisão e o processo em segredo de justiça. Fiquei sabendo pela manhã que a PF foi na casa do Milton, é constrangedor, não há dúvida, ninguém quer visita da Polícia Federal em casa, eu fiquei chateado. Logo a imprensa quis colar em mim a imagem de corrupto, de não sei o que, bem o que aconteceu, foi impetrado um habeas corpus e foi levantado sigilo do processo”, completou Bolsonaro.
No entanto, com a decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Milton Ribeiro deixou a prisão na tarde desta quinta. O ex-comandante da Educação foi preso por quatro crimes: corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
Leia também: Datafolha: Lula tem 48% e Bolsonaro 22% das intenções de voto no primeiro turno
REDES SOCIAIS