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Reprodução/ TV Cultura
Reprodução/ TV Cultura

O Roda Viva desta segunda-feira (4) recebeu o candidato à reeleição ao governo do Estado de São Paulo pelo PSDB, Rodrigo Garcia. Ele foi o quarto convidado da série de entrevistas do programa da TV Cultura com candidatos ao Palácio dos Bandeirantes.

O atual governador exerceu diversos cargos nos poderes legislativo e executivo. Foi deputado federal pelo Democratas duas vezes, entre 2011 e 2018, e líder da bancada do partido na Câmara.

No governo paulista foi vice-governador, secretário de Governo, secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, secretário de Desenvolvimento Social, secretário da Habitação, além de secretário de Gestão e secretário de Desburocratização da Prefeitura de São Paulo. Em maio de 2021, após 27 anos no Democratas, filiou-se ao PSDB.

Polícia

“Eu confio no treinamento da polícia de São Paulo. O governo pede para que o cidadão de bem não reaja quando o criminoso o aborda. A polícia está para defender o cidadão de bem. E o criminoso não reaja diante à polícia, ou vai levar bala. Mas eu não espero com isso levar a letalidade policial. Nós estamos investindo muito em armamento, e equipamento, em novos veículos”, afirmou.

“Nós estamos vivendo uma baixa letalidade policial em São Paulo. Temos várias ações da Polícia Militar com o uso de câmeras corporais que estão servindo para filmar os bandidos e proteger os policiais. A polícia do estado não é violenta, temos um treinamento rigoroso, cada vez mais temos uma polícia preparada para abordagens, técnicas de segurança pública para defender o cidadão de bem”, disse.

A letalidade policial no estado de São Paulo teve redução de 80% depois que as câmeras foram implementadas nos uniformes dos policiais militares que filmam suas ações. De acordo com dados do site UOL, entre junho de 2021 e maio deste ano, os 19 batalhões registraram 41 mortes por intervenção policial —contra 207 nos 12 meses anteriores ao programa.

A letalidade policial caiu quase 40% em cinco anos no estado de São Paulo. Em 2017, 941 pessoas morreram em ações envolvendo policiais civis e militares em serviço e de folga. No ano passado, foram 570. O levantamento é do Fórum de Segurança Pública.

Cracolândia

“Eu quero convidar o Ministério Público para ver a última das últimas prisões que a policial civil fez. Prenderam traficantes que vivem explorando a dependência química da Cracolândia. Nós saímos dos pequenos distribuidores de drogas para chegar no topo da cadeira.

“A Cracolândia é um problema de São Paulo, do Brasil e do Mundo. Se for em Londres, se for em Nova York, você vai encontrar Cracolândia no mundo inteiro. É importante como lidar com essa realidade. Na minha opinião é polícia para traficantes, e tratamento químico para dependentes. Existe um esforço muito grande da prefeitura sobre o tema”, afirma.

“É persistência. Eu convidei o prefeito Ricardo Nunes e ele esteve comigo em uma das comunidades terapêuticas, em Guaratinguetá, para contratarmos mais vagas nas comunidades. Quando tem operação policial e dispersa os dependentes químicos, eles não se sentem mais tão confortáveis e protegidos se estivessem aglomerados. Isso faz com que eles procurem tratamento. Tivemos aumento na procura de tratamentos”, conta.

Em 2021, 596 pessoas circularam, em média, na Cracolândia. O número é maior do que o registrado em 2019 e 2020. Os dados da Prefeitura de São Paulo.

O mês de setembro de 2021 foi o mais movimentado na região desde novembro de 2019, com média de 713 pessoas na Cracolândia. Os dados são do Programa Dronepol, que faz o mapeamento aéreo da região.

Crime organizado na política

“Não acredito que estamos em um caminho de ter um narcoestado. O Brasil é muito maior do que isso, eu não tenho dúvida de que a democracia brasileira é consolidada. Alerta e vigência sempre para que isso não ocorra e que tenha a escolha de pessoas de bem para representar a sociedade brasileira”, respondeu.

Propostas

“Nós temos uma administração de segurança pública exitosa em São Paulo. Hoje, São Paulo é o estado mais seguro do Brasil. Pela primeira vez, o índice de homicídios está abaixo de 6 por 6 mil habitantes comparado com países de primeiro mundo. São índices de que São Paulo se orgulha. Minha primeira ação como governador foi dialogar com o general Campos, com os comandos da Polícia Civil e Militar”, destacou.

PCC

A jornalista Juliana Dal Piva quis saber ainda quais serão as ações do Estado contra o crime organizado e os motivos do PCC ter crescido tanto durante o governo do PSDB em São Paulo.

“O governador Doria, logo no primeiro mês de seu mandato, transferiu nove líderes do PCC para prisões federais. As pessoas não entendem, mas São Paulo tem sim prisões de segurança máxima. Porém, nossa administração é de 200 mil presos. O governo federal tem menos e consegue fazer um isolamento maior”, explicou.

Além disso, ele cita a prisão de membros do PCC que cometiam o crime de “lavagem de dinheiro” no transporte público. Porém, fez críticas ao poder judiciário sobre como lidou com os infratores.

“Infelizmente, o judiciário soltou esses criminosos na última sexta-feira a tarde. Eu, como governador, fiquei indignado. Saíram pela porta da frente. Então, a Polícia Civil está fazendo novas investigações para fazer um novo pedido de prisão”, criticou.

Ao final, ele cita a necessidade de investimento em inteligência e articulação com agentes federais para combater o crime organizado, com foco na comercialização de drogas, que, segundo ele, é o sustento do PCC.