Um enviado da União Europeia (UE) alertou na última quinta-feira (7) sobre o possível deslocamento em massa de palestinos de uma área da Cisjordânia, enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que o despejo em massa de aproximadamente 1.200 palestinos de suas casas na área de Masafer Yatta equivale a um "crime de guerra" do regime israelense.
Leia mais: PF prende mais um suspeito de envolvimento nas mortes de Bruno Araújo e Dom Phillips
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse em um comunicado na quinta-feira (7) que “os despejos que levam ao deslocamento, se executados, equivalem a deportação forçada e uma violação grave da Quarta Convenção de Genebra e, portanto, constituem uma guerra”.
A Coordenação de Assuntos Humanitários afirmou ainda que “o constante despejo de palestinos de seus lares ancestrais e as atividades de expansão de assentamentos de décadas de Israel mudaram as realidades no terreno e são inconsistentes com o direito internacional humanitário e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que são juridicamente vinculativas”.
A declaração afirmava que “215 famílias palestinas, compreendendo 1.150 indivíduos, incluindo 569 crianças, vivem atualmente na área de Masafer Yatta e enfrentam ameaças de demolição de casas, bem como violência de colonos que vivem em postos próximos a eles”.
No começo de maio, a Suprema Corte de Israel rejeitou os recursos dos moradores de Masafer Yatta para impedir seu despejo. A decisão do tribunal encerrou efetivamente duas décadas de batalhas legais dos moradores que lutaram para continuar vivendo em suas terras.
Leia também: Bolsonaro lamenta morte de Shinzo Abe e decreta luto oficial no país
REDES SOCIAIS