Fundação Padre Anchieta

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Ações para reduzir poluição e expandir áreas verdes poderiam evitar 11.372 mortes por ano em São Paulo, segundo uma pesquisa que mensurou o impacto de políticas públicas sobre a saúde dos moradores da capital paulista . Isso equivale a 17% do total de óbitos por causas naturais na cidade.

O estudo foi realizado por pesquisadores de instituições europeias como o Instituto Global de Saúde (ISGlobal). Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria das mortes é na região central de São Paulo, pois além de pouco verde, há muito trânsito de ônibus e carros.

A qualidade do ar foi responsável por 8.409 óbitos, 2.593 por insuficiente número de espaços verdes e 370 mortes pelo excesso de exposição ao calor. Os maiores impactos negativos à saúde foram encontrados nas áreas de menor vulnerabilidade socioeconômica.

Segundo a pesquisa, isso ocorre pelo perfil demográfico dessas regiões (populações mais velhas e com maior mortalidade natural), configurações de áreas residenciais (residindo no entorno de áreas centrais, próximas de trabalho e serviços) e volume do tráfego de veículos (maior do que nas áreas periféricas).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os habitantes do planeta deveriam ter acesso a alguma área verde em uma distância de até 300 metros de casa.

Em São Paulo, 77% da cidade não atinge o índice de arborização e isso aumenta a poluição atmosférica e sonora, além de contribuir para a ansiedade e estresse dos paulistanos.

O Dr Alexandre Fabro, especialista da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) e professor do departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, diz que a poluição atmosférica e sonora podem ser muito prejudiciais à saúde.

“Podem causar lesões no pulmão e pode agravar doenças pulmonares já existentes. Paciente que tem dificuldade para respirar pode ter essa piora por conta da poluição. A poluição sonora pode causar lesão no nosso ouvido, nos tímpanos, a longo prazo pode acarretar a diminuição auditiva e a pessoa ter dificuldade de escutar”.

Além disso, pode comprometer o bem-estar das pessoas e o barulho da cidade pode deixar a pessoa mais estressada. “Se está em um ambiente com muito barulho, muitos ruídos, isso pode deixar a pessoa estressada. E o desconforto de uma pessoa que já tenha uma doença e é piorada por conta da poluição, acaba comprometendo o bem-estar dela”.

O Dr também explica que essa poluição no ar pode afetar as crianças e o feto, antes mesmo de nascer.

“As crianças são mais vulneráveis a essa poluição e pode afetar o desenvolvimento delas. Pode causar malformação no feto também, principalmente a poluição do ar, pois podem conter substâncias tóxicas que podem prejudicar. Existem estudos da influência dos sons e dos ruídos do ambiente na formação da criança. Se o ambiente for muito barulhento, os pequenos já nascem mais estressados”, explica.

O canal auditivo de uma criança é muito menor do que o de um adulto e a pressão que entra no ouvido dos pequenos é maior, aumentando os riscos de problemas auditivos.

Para reverter essa situação o cenário ideal seria, além de mais áreas verdes, investimentos na troca na frota de ônibus por veículos elétricos não poluentes, políticas públicas para criação de empregos nas áreas onde as pessoas vivem e educação ambiental.