O YouTube informou nesta quinta-feira (21) que não irá remover da conta do presidente Jair Bolsonaro (PL) o vídeo de sua reunião com os embaixadores.
Na ocasião, ele repetiu informações não comprovadas sobre fraudes nas urnas eletrônicas e criticou ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A declaração ocorreu em um evento no Palácio da Alvorada, em Brasília, na segunda-feira (18).
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Em nota, a plataforma de vídeos disse não ter encontrado “violações às políticas de comunidade” após fazer uma “revisão”. “Nossas equipes trabalham arduamente para garantir que tenhamos um equilíbrio entre liberdade de expressão, valor fundamental do YouTube, e a segurança das pessoas que diariamente buscam por informação na plataforma”.
A reunião contou com a presença de embaixadores de cerca de 40 países e foi transmitida por canais oficiais do governo. Após a afirmação do presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional e do Senado, disse que a segurança das urnas eletrônicas e a lisura das eleições no Brasil "não podem mais ser colocadas em dúvida".
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou e disse que: “É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país”. Simone Tebet (MDB), em comunicado à imprensa, afirmou que o chefe do Executivo possui uma “coleção” de ataques à democracia.
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Já Ciro Gomes (PDT) declarou que “Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e temos que buscar instrumentos legais para retirá-lo do cargo”.
Sem citar nominalmente o presidente, o ministro Edson Fachin disse que o debate político atual "tem sido achatado por narrativas nocivas que tensionam o espaço social". "É hora de dizer basta à desinformação. É hora também de dizer não ao populismo autoritário, que coloca em xeque a conquista da Constituição de 1988”.
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