O envio de correntes elétricas para duas partes do cérebro conhecidas por armazenar e recuperar informações aumentou modestamente a lembrança imediata de palavras em pessoas com mais de 65 anos, de acordo com estudo de uma equipe da Universidade de Boston, publicado na Nature Neuroscience.
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“Se essas melhorias ocorreriam para memórias cotidianas, e não apenas para listas de palavras, ainda precisamos testar”, diz Masud Husain, professor de neurologia e neurociência cognitiva da Universidade de Oxford, em comunicado.
O estudo “fornece evidências importantes de que estimular o cérebro com pequenas quantidades de corrente elétrica é seguro e também pode melhorar a memória”, afirma Richard Isaacson, diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer no Centro de Saúde do Cérebro da Faculdade de Medicina Charles E. Schmidt.
As melhorias foram mais evidentes em pessoas com memórias mais fracas, que “seriam consideradas portadoras de comprometimento cognitivo leve”, explicou o neurocientista Rudy Tanzi, professor de neurologia da Escola de Medicina de Harvard.
“Houve um efeito aparentemente benéfico na recordação imediata de palavras naqueles com comprometimento cognitivo leve. Esta descoberta preliminar, mas promissora, garante mais exploração do uso de abordagens bioeletrônicas para distúrbios como a doença de Alzheimer”, acrescenta.
A estimulação transcraniana de corrente alternada tenta melhorar a funcionalidade do cérebro com um dispositivo que aplica correntes elétricas em áreas específicas do cérebro por meio de eletrodos no couro cabeludo.
As ondas elétricas podem imitar ou alterar a atividade das ondas cerebrais para estimular o crescimento e, possivelmente, alterar a rede neural do cérebro.
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