A TV Cultura, Band, UOL e Folha de S.Paulo se uniram e formaram um pool para realizar o primeiro debate presidencial das Eleições 2022, no último domingo (28).
Ao longo do debate, o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre assuntos de interesse social: Economia, pol´´iticas para mulheres e pandemia. Sendo assim, o site da TV Cultura listou as principais mentiras ditas pelo mandatário. Confira:
Auxílio Brasil
Durante o debate, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que foi em seu governo que o Auxílio Brasil de R$ 400 foi aprovado. No entanto, o benefício foi criado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o valor era distribuído de acordo com a renda dos cadastrados.
Outra mentira em relação ao Auxílio Brasil está relacionada ao prazo de encerramento do benefício. Na proposta sancionada pelo chefe do Executivo, o Auxílio Brasil será pago até o final deste ano.
A proposta da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) do governo para 2023 ainda não contempla esse valor de R$600 do benefício.
No debate, Bolsonaro disse que o “meu governo deu $200 do Auxílio Brasil até o final do ano e já está garantido com a equipe econômica que esse valor será definitivo a partir do ano que vem”.
Inflação “uma das menores do mundo”
"A inflação do Brasil é uma das menores do mundo”, disse o presidente. Apesar da declaração, dados da Agência Lupa mostram que segundo relatório da Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o 4º pior país do G20 em inflação em maio de 2022.
Em julho de 2022, o IPCA acumulado em 12 meses estava em 10,07%, mesmo com a deflação de 0,68% registrada no mês. Nos Estados Unidos, a inflação estava em 8,5%.
‘Nós fizemos milagre durante a pandemia"
Ao longo da pandemia, o governo foi acuado por não combater a crise sanitária da Covid-19. Em contramão do mundo, o presidente Jair Bolsonaro não decretou lockdown e chegou a chamar o vírus de “gripezinha”. Além disso, segundo os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país totaliza 683.622 óbitos desde o início da pandemia e s 34.397.205 testes positivos.
O Brasil é o terceiro país do mundo com mais mortes pela doença, somente atras dos Estados Unidos e Índia.
PT foi contra o auxílio
O presidente acusou o Partido dos Trabalhos (PT) de ter votado contra o aumento do Auxílio Brasil de R$400 para R$600. Segundo a agência Lupa, a fala não é verdadeira. Os deputados do PT votaram favoravelmente à Medida Provisória nº 1.076/2021, que instituiu o valor mínimo de R$ 400 para o Auxílio Brasil — substituto do Bolsa Família. De acordo com o site da Câmara dos Deputados, o partido recomendou a aprovação da proposta e todos os parlamentares votaram a favor da proposta.
Defesa das mulheres
“Eu fui o governo que mais sancionou leis defendo mulheres. O discurso que eu ataco e agrido mulher não coloca mais, não coloca isso. Chega de vitimismo, somos todos iguais. Sancionei mais de 60 leis para as mulheres”.
Segundo checagem da Agência Aos Fatos, a declaração não é verdadeira. A agência encontrou 41 normas direcionadas às mulheres desde janeiro de 2019, a partir de um levantamento no Diário Oficial da União (DOU), e nenhuma foi proposta pelo Poder Executivo.
"A maioria das mulheres do Brasil me amam"
Durante o debate, o presidente ressaltou que a maioria das mulheres brasileiras “o amam”. De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada em junho, somente 27% das mulheres que responderam a pesquisa disseram que votariam no chefe do Executivo que concorre à reeleição.
Sigilo de 100 anos
“Sigilo de 100 anos é uma lei que eu usei para questões pessoais, para o meu cartão de vacinas e de quem me visita no Palácio do Alvorada, nada além disso”.
No entanto, o presidente decretou sigilos para outras coisas: um diz respeito a "informações referentes aos crachás de acesso ao Palácio do Planalto expedidos em nome dos filhos do presidente; sigilo de até cem anos em seus exames de anticorpos de Covid-19; sigilo sobre os encontros entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os pastores lobistas Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de pedirem propina no Ministério da Educação (MEC) para liberar recursos para prefeituras e sobre o processo contra o general Eduardo Pazuello, acusado pela participação em um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em maio de 2021.
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