Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Pexels
Pexels

No Brasil, os principais cânceres ginecológicos, em ordem de incidência, são os de colo uterino, ovário, corpo uterino/endométrio, vagina e vulva. De acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada ano, cerca de 30 mil mulheres brasileiras recebem algum desses diagnósticos, sendo 16.710 casos no colo uterino, o que representa um risco considerado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

Atrás dos cânceres de mama e de cólon e reto, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo com mais incidentes entre as mulheres. Na análise regional, o câncer do colo do útero é o primeiro mais incidente na região Norte (26,24/100 mil) e o segundo nas regiões Nordeste (16,10/100 mil) e Centro-Oeste (12,35/100 mil). Já na região Sul (12,60/100 mil) ocupa a quarta posição e, na região Sudeste (8,61/100 mil), a quinta.

Em entrevista à TV Cultura, a médica membro da Sociedade Brasileira de Patologia e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo Karla Kabbach relata que os sintomas do colo uterino, normalmente, são dores na relação sexual, sangramento após a relação, pode ter corrimento mais esverdeado com odor fétido, dor em região pélvica.

“Para o corpo uterino temos o mesmo sintomas mas o que mais chama atenção é o sangramento fora do período menstrual ou depois que a mulher já está na menopausa. Ocorreu esse sangramento, já é bom procurar um ginecologista”, orienta a médica.

O câncer de ovário é o mais silencioso pois só é identificado pela paciente quando o órgão já está muito grande, o que dá uma sensação de peso no pé da barriga e aumenta o volume da barriga.

"Mesmo que a mulher procure um ginecologista, enquanto o ovário estiver pequeno e o câncer for inicial, o profissional não consegue apalpar. Então, só vai saber que tem a doença, quando estiver em um estágio mais avançado”, explica.

O câncer do colo uterino costuma ser mais comum em mulheres em torno dos 40 anos porque elas se infectam com o HPV em torno dos 20 anos, quando há mais atividade sexual. Esse vírus permanece na vagina e no colo uterino, e demora de 15 a 20 anos para virar o câncer.

Como prevenir

A doutora explica que para o câncer do colo uterino, da vagina e da vulva, o principal fator de risco é a infecção pelo vírus HPV, que é um vírus transmitido sexualmente, então a principal forma de prevenção é usar camisinha.

O câncer do colo uterino costuma ser mais comum em mulheres em torno dos 40 anos porque elas se infectam com o HPV em torno dos 20 anos, quando há mais atividade sexual. Esse vírus permanece na vagina e no colo uterino, e demora de 15 a 20 anos para desenvolver o câncer caso ninguém identifique e não seja feito o tratamento.

O câncer no corpo uterino e o ovário costumam aparecer em mulheres acima dos 50 anos, após a menopausa e está relacionada com o estilo de vida, tendo como fator de risco, por exemplo, a obesidade e o diabetes.

Além disso, a mutação genética pode ter risco maior de ter o câncer no ovário. Se a mulher tem um gene que é defeituoso, ele pode transformar essas células em malignas e desenvolver a doença oncologica.

A médica explica que o câncer na vagina e vulva são mais raros, mais comuns nas mulheres que têm o HPV. “Se a mulher tem o vírus do colo do útero, muito eventualmente ela tem na vagina e na vulva”.

Diagnóstico

O papanicolau é o principal exame de rastreamento para identificar as lesões que antecedem o câncer ou a doença já desenvolvida.

“Se o papanicolau vier positivo, essa paciente será encaminhada pelo ginecologista para fazer uma biópsia, que são os patologistas que olham, e a gente analisa no microscópio para saber se é benigno, maligno, se ainda está no caminho para desenvolver o câncer”, explica a profissional.

Tratamento

O tratamento depende de qual estágio o câncer está. “A gente tem o estadiamento tumoral, então, por exemplo, se ele estiver localizado apenas no colo uterino e em um tamanho menor, provavelmente, será feito uma retirada menor do colo uterino. Se o câncer estiver se espalhando, será uma cirurgia mais radical”, relata a patologista.

A profissional explica que as cirurgias de corpo uterino e de ovário já são mais radicais porque tem que retirar os órgão e grande parte do tratamento é cirúrgico, após ainda pode ser feito quimioterapia e radioterapia.

Reprodução/ Instituto Nacional de Câncer