A Polícia Civil e o Ministério Público do Pará (MPPA) pediram provas ao governo Bolsonaro sobre as alegações da ex-ministra Damares Alves sobre crimes na ilha de Marajó. Damares alega, sem provas, que crianças do Marajó são traficadas para o exterior e sofrem mutilações corporais e se submetem a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.
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Em nota, o MPPA disse que o ofício foi enviado à atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, na última terça (11), "a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis possam ser adotadas".
A ex-ministra deu o depoimento durante um culto em uma Assembleia de Deus, em Goiânia (GO), no dia oito de outubro. Na ocasião, ela alegou que o ministério tinha documentos sobre os crimes. Segundo ela, os supostos crimes foram descobertos pela comitiva presidencial em uma visita ao Arquipélago do Marajó.
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"O Ministério Público do Estado do Pará solicita que seja encaminhada documentação existente nesse Ministério, no prazo de 05 dias, bem como eventuais esclarecimentos a respeito de medidas tomadas sobre os fatos alegados, a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis adotadas", diz o ofício do MP.
Os promotores que assinam o ofício afirmam não ter nenhuma denúncia ou prova sobre os supostos crimes narrados por Damares.
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