Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Pixabay
Pixabay

O consumo consciente é um meio de transformar a relação da moda com o meio ambiente. Desde o carro que dirige até os cremes que utiliza são escolhas de consumo rotineiro com impacto positivo ou negativo no planeta. As roupas fazem parte desse movimento. Além das crises climáticas e colisões ambientais, há uma crescente busca de compras em bazares e brechós. 

"Vale observar algumas questões quanto aos brechós. É importante quebrar paradigmas com os clientes", diz Cristine Naum, consultora e professora de ESG (Enviroment Social Governace - Governança Socioambiental). "Eles fazem parte da estratégia de reutilização logística, ou seja, ajudam a prolongar o uso das roupas por mais tempo", completa. 

A produção têxtil é uma das quatro indústrias que mais consomem recursos naturais, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). Gastos com água e utilização de produtos químicos para lavar as peças, entram na conta dos prejuízos causados ao meio ambiente, "a reutilização das roupas também pode ser um caminho fantástico para prolongar o uso dos produtos", diz consultora.  

Para a especialista em governança socioambiental "é preciso que as marcas de roupas, desde as grandes grifes, até o fast fashion e pequenos produtores tenham em mente qual será a destinação final e sua responsabilidade nisso", explica. 

A moda consciente é uma tendência crescente: brechós, slow fashion, produção local, materiais menos agressivos ao meio ambiente — tudo é válido quando se fala em consumo consciente de roupas. Há, neste âmbito, uma discussão ética em torno do consumo de roupas novas devido ao alto número de lojas e marcas envolvidas com trabalho análogo a escravidão ou de mão de obra barata. 

Por isso, a procura por opções de consumo sustentável é cada vez maior. "É necessário um processo de educação e estratégia de marketing que ajudem a posicionar os brechós como 'tendência de gente descolada, moderna e que protege o meio ambiente'", diz Cristine

Todos os dias, consumidores buscam alternativas para minimizar os danos causados ao planeta, sem renunciar ao estilo. "Estamos na sociedade do consumo e do 'ter'. Hoje em dia, as pessoas são valorizadas pelo o que elas têm e são treinadas desde cedo a satisfazerem seus próprios desejos, sem analisar os impactos que eles podem causar", afirma a professora. 

Segundo o Ministério Meio Ambiente, o consumo consciente é aquele que leva em conta, ao escolher os produtos ou serviços: o meio ambiente a saúde humana e a animal, relações justas de trabalho; além das questões como preços e marcas. Partindo desses preceitos, existem alguns brechós que trabalham a partir deste movimento, incentivando a troca e reutilização de roupas

Conheça alguns bazares e brechós que incentivam o consumo consciente

Lua Vintage

Com uma página no instagram, a idealizadora Thaís Santos, diz que sua ideia veio do desejo de trabalhar com moda. "Sempre comprei roupas em bazar e brechó (...) Além disso, sempre quis trabalhar com algo sustentável.  A gente sabe que a bolha da indústria da moda é algo bem preocupante para o meio ambiental e social, e roupas não são descartáveis", diz a lojista. 

A coletânea de Thaís reúne peças únicas, de segunda mão que são vendidas através da página na rede social. Com inspiração em filmes e séries como a produção norte-americana "Friends", a lojista procura garimpar roupas do estilo vintage, atendendo o nicho do seu público. 

DAZ ROUPAZ

Com lojas físicas na região de Pinheiros e Itaim, zona sul de São Paulo, a loja conta com um sistema de trocas em que o cliente pode trocar suas roupas por outras dentro do brechó. "Existe muita coisa boa que as pessoas pensam ser lixo", comentam as irmãs Gabriella Wolff e Julia Wolff, fundadoras do Daz Roupaz. 

"O brechó começou por meio de uma venda de porta em porta que, em pouco tempo, ganhou um box na  Teodoro Sampaio [rua na zona oeste de São Paulo], percebemos que tnha potencial para se tornar diferente de outros brechós pela naturalidade com que os clientes passaram a trocar as peças na loja", comentam Gabriella e Julia. 

Contando com parcerias de lojas mais conhecidas, a Daz Roupaz mantém seu estoque de forma circular, abrindo as portas para nossos fornecedores. 

Acervo Coletivo

As vendas são feitas a partir do direct da página no instagram, com roupas sustentáveis desde sua produção, a idealizadora Larissa Martins diz que há uma diferença em cada consumidor e quem frequenta o acervo, segundo a lojista, costuma seguir "alguma ideologia ambientalista". "Consumo sustentável é quando sabemos sobre a origem, processo e materiais dos produtos. Basicamente uma compra que contribui com toda a cadeia produtiva", comenta através de uma postagem em suas redes. 

Brechó Gato Preto

Com a loja física localizada na Rua Augusta, região central de São Paulo, o brechó trabalha com roupas de segunda mão e defende a moda sustentável. Vendendo no site, a loja tem um acervo com peças de diversos estilos, tamanhos e coleções.