A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu em defesa da democracia na primeira sessão da Corte após ministros da Corte serem hostilizados por bolsonaristas em Nova York, nos Estados Unidos. A declaração aconteceu nesta terça-feira (16).
“Com o registro, cuja importância avulta nos tempos procelosos [agitados] que estamos a viver e que me levaram, na última segunda-feira, dia 14, a reafirmar, em nota pública, que a democracia, fundada no pluralismo de ideias e opiniões a legitimar o dissenso se mostra absolutamente incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive moral, contra qualquer cidadão”, disse.
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Os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski foram xingados e hostilizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos. Os ministros participaram do evento Lide Brazil Conference, em Nova York, que reúne ainda políticos brasileiros.
No último domingo (13), manifestantes hostilizaram os ministros. Em imagens divulgadas nas redes sociais, pessoas gritam e xingam os magistrados quando eles saem do hotel pela porta principal para entrar em uma van.
“A democracia é incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive oral contra qualquer cidado”, disse Rosa Weber.
“Tolerância não é concessão, condescendência ou indulgência, antes de tudo é uma atitude ativa, de reconhecimento de direitos humanos universais e das liberdades fundamentais dos outros. Em nenhum caso, pode ser usada para justificar violações desses valores fundamentais. Tolerância deve ser exercida por indivíduos, grupos e estados”, completou.
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