Cerca de 50% dos brasileiros conhecem pessoalmente alguma mulher que sofre ou já sofreu algum tipo de agressão por parte do atual ou do antigo companheiro de relacionamento. Porém, apenas 6% dos homens admitem já terem cometido violência doméstica.
Esses dados são de uma pesquisa feita em outubro pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e o Instituto Beja. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
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Segundo a pesquisa, apenas um em cada quatro homens conversa com o agressor depois de ficar sabendo sobre um caso de violência doméstica. Entre as mulheres, apenas uma em cada 10 tomam essa atitude.
Das 800 mulheres entrevistadas pelo Ipec, 36% afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica. 27% sofreram violência psicológica (ameaças, humilhação, xingamentos, insultos, chantagem, proibição de encontrar amigos ou familiares, etc); 17% sofreram violência física (agressões físicas, como tapas, empurrões, etc); 13% foram violentadas moralmente (difamação, disseminação de mentiras, exposição da vida íntima, etc); enquanto 10% sofreram violência sexual ( relações ou práticas sexuais forçadas); 7% das entrevistadas sofreram violência patrimonial (não poder controlar o próprio dinheiro, ter objetos pessoais destruídos ou danificados, etc).
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Ainda segundo o estudo, 55% das vítimas terminou o relacionamento, mas apenas uma em cada cinco denunciou o parceiro às autoridades ou contou para algum amigo ou familiar. Cerca de 8% das mulheres agredidas não fizeram nada.
A pesquisa também descobriu que 6% dos homens entrevistados admitiram já ter agredido as companheiras ou ex-companheiras de algum modo. Os 94% restantes negaram já ter praticado qualquer tipo de violência doméstica.
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