O Roda Viva recebe o cantor, compositor, multi-instrumentista e ator Seu Jorge nesta segunda-feira (21)
A jornalista Sabrina Fidalga questiona quais as diferenças de ser um homem negro no Brasil e nos Estados Unidos, já que o artista se divide entre os dois países. Primeiramente, ele afirma que a principal diferença está no processo histórico de cada nação. Logo em seguida, ele explica como o estrangeiro o enxerga.
“Eu não sou um brasileiro fora do Brasil, sou um africano. Sou percebido como africano, não como um homem negro do Brasil. Acho que o mais próximo que eles veem, parecido comigo, são haitianos ou jamaicanos. Independente, é muito sensível a situação do homem negro”, explica.
Apesar das diferenças, Seu Jorge acredita que o espaço público para os negros nos Estados Unidos é tão complicado quando no Brasil.
Leia também: Festival Coolritiba anuncia line-up com Marisa Monte, Gilberto Gil, Sandy e Mano Brown
Além disso, também conta que nunca sofreu ataques racistas nos Estados Unidos como no Brasil. O motivo, segundo ele mesmo, é estar “protegido” pelo ambiente que vive.
“Eu sempre me protegi dentro do universo onde trabalho, familiar e nas relações de amizade. Nunca me aventurei nos Estados Unidos e sair desbravando. Como homem negro, é necessário alguns entendimentos e conexões para fazer isso”, finaliza.
Assista ao programa na íntegra:
Participam da bancada de entrevistadores Roberta Martinelli, apresentadora do programa Cultura Livre e da Rádio Eldorado, Alberto Pereira Jr., jornalista e head de produção e conteúdo da Trace Brasil, a repórter de Cultura do jornal O Globo Maria Fortuna, a cineasta e colunista da Vogue Brasil Sabrina Fidalgo, e Leonardo Lichote, jornalista e crítico de música.
Com apresentação de Vera Magalhães, a edição irá ao ar ao vivo às 22h, na TV Cultura, site da emissora, canal do YouTube, Dailymotion, e nas redes sociais Twitter e Facebook.
REDES SOCIAIS