O Ministério Público Federal denunciou nesta quarta-feira (7) o ex-deputado Roberto Jefferson pelo ataque que ele promoveu contra policiais federais. O caso aconteceu quando os agentes foram cumprir uma ordem do ministro Alexandre de Moraes que pedia a prisão do político.
O episódio aconteceu em 23 de outubro, durante o cumprimento da prisão, o político feriu dois policiais e outros dois quase foram atingidos enquanto estavam na viatura. Em depoimento à PF, Jefferson contou que teve mais de 100 armas, quando morava em Petrópolis, e disse ter dado 50 tiros contra agentes da corporação.
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Jefferson também foi denunciado por posse irregular de arma de fogo, por posse de armamento de uso restrito e por opor-se à execução de ato legal. De acordo com a denúncia, o ex-deputado "tentou matar quatro Policiais Federais, com emprego de explosivo e de meio de que resultou perigo comum, mediante recurso que dificultou a defesa de autoridade e agentes no exercício da função [...] e com emprego de arma de fogo de uso restrito, cujos resultados (mortes) não se consumaram por circunstâncias alheias à sua vontade".
A denúncia é assinada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi. Eles apontam que o ex-deputado descumpriu um artigo da Constituição.
"Usou como meio recurso que dificultou a defesa de autoridade e agentes no exercício da função descritos no artigo 144 da Constituição Federal e com emprego de arma de fogo de uso restrito, cujos resultados (mortes) não se consumaram por circunstâncias alheias à sua vontade", diz trecho da denúncia.
O ex-deputado havia sido detido em agosto de 2021 por ordem do Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito sobre a atuação de milícias digitais contra a democracia. No entanto, em janeiro deste ano, o magistrado acolheu um pedido para que o político cumprisse a pena em regime domiciliar.
O pedido foi revogado quando Jefferson descumpriu ordens determinadas pelo ministro.
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