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O Estado do Rio de Janeiro fecha o ano com baixa cobertura vacinal em crianças. Menores de cinco anos estão vulneráveis a contrair sarampo, caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, meningite C, hepatite A, hepatite B e outras doenças evitáveis que podem levar à morte e gerar sequelas graves.

A conclusão é resultante de levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), que analisou dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).

O estudo aponta que o estado não chegou à meta estipulada pelo Ministério da Saúde para nenhuma das vacinas do calendário básico infantil e está abaixo da média nacional em todos os imunizantes.

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Patricia Boccolini, coordenadora da iniciativa de divulgação científica, explica que a meta anual é vacinar 90% dos bebês menores de 1 ano com a BCG. Para a febre amarela, a meta é 100%, enquanto para os demais imunizantes do calendário básico a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é 95%. “No Estado do Rio de Janeiro, até o fim de novembro, apenas 75% dos bebês que deveriam ser imunizados com a BCG, que protege contra formas graves de tuberculose, receberam o imunizante. O cenário fluminense contrasta com a média nacional, que chegou a 92%, colocando a BCG como a única vacina do calendário básico infantil a cumprir o preconizado pela pasta”, aponta.

As vacinas que protegem contra poliomielite, difteria, tétano e coqueluche, hepatite B e pneumonia e meningite bacterianas não chegaram à metade da população-alvo no Rio. Em território fluminense, a situação é ainda mais preocupante em relação ao sarampo: apenas 28% dos bebês que deveriam ser vacinados receberam a segunda dose do imunizante na idade recomendada. As coberturas vacinais do estado também são extremamente baixas para febre amarela (41%), catapora (34%) e hepatite A (31%).

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Mas a pesquisadora esclarece que o levantamento é preliminar, pois os municípios têm até 2024 para registrar dados no sistema de informações do Ministério da Saúde. “Os dados foram coletados em 28 de novembro de 2022. É possível que alguns municípios ainda alcancem a meta para algumas vacinas, mas nos cenários nacional e estadual dificilmente veremos uma mudança tão abrupta, ainda mais se considerarmos a tendência dos últimos anos”.

Para o cálculo da cobertura vacinal em crianças menores de um ano, o Observa Infância considera o número de doses aplicadas naquele ano e o número de nascidos vivos no ano corrente, segundo o Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc).

Já para crianças que já completaram um ano, a estimativa é baseada no número de nascidos vivos do ano anterior menos o número de óbitos de menores de um ano registrados também no ano anterior, segundo o Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM).