O Ministério dos Direitos Humanos divulgou uma nota nesta quinta-feira (5) criticando a declaração do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP), sobre a revisão do uso de câmeras em agentes da Polícia Militar.
“Recebemos com preocupação a declaração do Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Murano Derrite, acerca da revisão do programa de câmeras corporais da Polícia Militar, ‘Olho vivo'”, afirmou o ministério em nota.
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Derrite, disse nesta quarta-feira (4) em entrevista à rádio Cruzeiro, de Sorocaba, a primeira como membro do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vai rever o programa de câmeras corporais na Polícia Militar de São Paulo.
“Nós vamos rever o programa. O que existe de bom vai permanecer e o que não está sendo bom, e que pode ser cientificamente comprovado, a gente vai propor ao governador (Tarcísio de Freitas) possíveis alterações”, disse na ocasião.
Segundo Derrite, a proposta é tornar a tecnologia "mais operacional", mas não deu mais detalhes. "Agora, se de fato, a gente chegar à conclusão de que um ou outro aspecto está atrapalhando, que não está sendo positivo, a gente pode rever o programa sim”, afirmou.
Segundo o relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), houve queda de 57% no número de mortes e 63% de lesões decorrentes de intervenção policial nos batalhões após a implementação de câmeras.
De acordo com o ministério, o “sucesso dessa política demonstrado pela ciência faz com que ela não apenas tenha que ser reforçada e ampliada nas regiões em que é aplicada, mas também que seja estendida a todas as unidades da federação”, destacou.
O Olho Vivo, programa que prevê câmeras em PMS, foi implementado pela corporação paulista em 2020.
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