Andrei Rodrigues assume como diretor-geral da PF: “Não permitiremos interferência”
Delegado toma posse em meio às investigações sobre atos golpistas em Brasília
10/01/2023 12h32
O delegado Andrei Rodrigues tomou posse nesta terça-feira (10) como diretor-geral da Polícia Federal (PF). A cerimônia aconteceu em Brasília e contou com a participação do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Durante entrevista coletiva, o novo diretor da corporação afirmou que não aceitará "interferências" na PF.
"Não permitiremos que projetos pessoais, interferências ou pressões de agentes públicos, grupos ou holofotes da mídia pautem qualquer ação institucional. Absolutamente nenhum desvio de finalidade será tolerado. Porque somente assim teremos uma Polícia Federal resistente a pressões do momento, pautada pela Constituição Federal e sempre comprometida com a verdade", afirmou.
O delegado toma posse em meio às investigações sobre atos golpistas. Até o momento, cerca de 1.500 pessoas foram presas por participarem de ações terroristas na capital do país.
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Terroristas invadiram e destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Os criminosos destruíram obras de arte, roubaram itens e ainda depredaram partes dos edifícios. O prédio do STF foi o mais prejudicado.
O diretor-geral disse que a atuação da PF será pautada pelo estrito cumprimento da lei e pelos princípios do Estado Democrático de Direito.
“Esse será o norte inafastável na gestão das investigações policiais, que serão coordenadas com base no trinômio da qualidade da prova, na autonomia investigativa e na responsabilidade, com absoluto rigor em relação a desvios ou personalismos”, destacou.
O ministro do STF Alexandre de Moraes; a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; a ministra de Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego; o chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Araújo Messias; além do senador Randolfe Rodrigues, estavam presentes na cerimônia .
Andrei atuou como chefe da equipe de segurança de Lula na campanha de 2022 e de Dilma Rousseff, em 2010. Foi secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, coordenou a segurança dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e da Copa do Mundo de 2014. Também trabalhou como chefe de delegacias no Amazonas e no Rio Grande do Sul.
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