O Ministério da Saúde declarou nesta sexta-feira (20) emergência de saúde pública diante das condições sanitárias do povo indígena Yanomami. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial após registros da casos de desnutrição infantil e malária.
Atualmente, crianças estão sofrendo de desnutrição e a malária se espalha nas diversas aldeias de Rondônia e também do Amazonas. Nos últimos quatro anos, 570 jovens yanomami morreram vítimas de desnutrição ou por falta de apoio médico.
Durante o Jornal da Cultura, o jornalista Leão Serva comentou sobre a desassistência da população indígena e criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O que acontece na Terra Yanomami desde o início do governo Bolsonaro tem nome: genocídio. O governo brasileiro plantou as primeiras sementes do genocídio quando retirou o cuidado da saúde indígena da gestão da organização social Urihi, no início dos anos 2000, que investia sua verba na atenção básica”, criticou Serva.
Ele ainda explicou que outro ponto de deficiência era com o orçamento da Secretaria de Saúde Indígena. Praticamente todo o dinheiro passou a ser usado em transferência de doentes para hospitais das capitais.
Ainda na visão de Serva, apesar de diversos governos terem apresentado problemas nos cuidados com os povos indígenas, a gestão de Bolsonaro se destacou como a pior.
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“No governo Bolsonaro, o assalto genocida chegou ao máximo quando, em plena pandemia, retirou funcionários da saúde da Terra Yanomami. No meio de uma das maiores pandemias da história e de uma invasão garimpeira, que polui rios, os índios estão entregues à própria sorte”, finalizou.
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