O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta segunda-feira (23) em visita a Buenos Aires que as relações entre Brasil e Argentina não deveriam ter sido afastadas. Além disso, pediu desculpas publicamente para o presidente argentino Alberto Fernández, por "grosserias" ditas pelo ex-chefe da República, Jair Bolsonaro (PL).
"Estou pedindo desculpas por todas as grosserias do último presidente do Brasil, que eu trato como um genocida por causa da responsabilidade com o cuidado com a pandemia, todas as ofensas que fez ao Fernández", expõe.
Lula chegou na Argentina no último domingo (22). Em rede social, afirma: "Vamos retomar laços. O Brasil está voltando ao cenário internacional e atuará pelo fortalecimento do Mercosul".
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O relacionamento entre os dois países foi abalada durante o governo de Bolsonaro em razão política de suas diferenças ideológicas. Durante seu mandato, Bolsonaro criticava condução política do governo argentino após a eleição de Alberto Fernández, um político de "esquerda".
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"Hoje é a retomada de uma relação que nunca deveria ter sido truncada. A minha presença como primeira viagem feita depois da minha eleição a um país estrangeiro é para dizer ao meu amigo Alberto Fernández que nós vamos reconstruir aquela relação de paz, produtiva, avançada, de dois países que nasceram para crescer, se desenvolver e gerar melhores condições de vida para os seus povos", pontua.
Para hoje, a agenda presidencial ainda prevê a presença do presidente em um encontro com empresários do país e cumprimentos às representantes das mães e avós da Praça de Maio. À noite, deve ir para a inauguração da mostra fotográfica “Povos Originários – Guerreiros do Tempo”, de Ricardo Stuckert, além de uma apresentação musical com artistas no Centro Cultural Kirchner em celebração à Irmandade Brasil-Argentina.
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