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"Temos que preservar a vida", diz Tarcísio sobre retirada de moradores de áreas de risco no litoral norte de SP

“Nós temos encontrado moradores da região que têm se recusado a sair de suas casas, mesmo em áreas de perigo iminente", explicou em entrevista ao Jornal da Cultura


23/02/2023 06h43

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Cultura desta quarta-feira (22), o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), explicou que há moradores de áreas de risco no litoral paulista que não querem deixar suas casas.

“Nós temos encontrado moradores da região que têm se recusado a sair de suas casas, mesmo em áreas de perigo iminente. É compreensível. Muitas vezes, esse é o único patrimônio do cidadão, mas temos que preservar a vida”.

O governador comentou que a liminar da Justiça do estado que autoriza a retirada de todos os moradores das áreas de risco facilitará o trabalho das equipes.

“O judiciário entendeu nossa demanda e liberou a liminar. Nós já utilizamos imediatamente desse meio para retirar pessoas de suas casas. A preocupação segue grande porque ainda há previsão de chuvas para o final desta semana e o terreno do local está muito saturado, o que possibilita novas ocorrências”, explicou.

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Tarcísio também listou algumas medidas que serão tomadas no médio prazo para auxiliar os sobreviventes da região e evitar que novos desastres aconteçam.

“No campo da defesa civil, nós iremos investir em radares meteorológicos para termos informação cada vez mais precisa e para que os alertas sejam emitidos cada vez mais rápidos e consistentes. Além disso, alarmes serão disparados e haverá uma equipe treinada para que todos saibam o que fazer exatamente quando o som for escutado”.

O governador ainda explicou que será criado um programa habitacional “criativo” para que os moradores entendam a importância de seguir as orientações do estado.

“É um problema que será resolvido em muitos anos de trabalho, mas precisamos dar consistência e perenidade a essa política pública. Por isso, é importante que façamos as primeiras habitações para retirar pessoas de área de risco. O nosso desafio maior é dar uma resposta imediata na questão dos desabrigados. Estamos planejando operar com ‘vilas de passagem’, que serão construções temporárias para abrigar as pessoas enquanto as casas definitivas são construídas”, completou.

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