Garimpeiros armados furaram o bloqueio de fiscalização na Terra Indígena Yanomami nesta quinta-feira (23) e atiraram contra agentes do Ibama. Os fiscais revidaram e um dos criminosos foi baleado.
O local do confronto é o mesmo em que os invasores abriram fogo contra a Polícia Federal em maio de 2021, e onde foi instalado um cabo de aço no rio para impedir a passagem dos invasores.
A ocorrência foi confirmada pelo Ibama. Segundo o órgão, os criminosos atiraram contra agentes que haviam abordado uma das embarcações. O garimpeiro ferido foi preso pela Polícia Federal por atacar servidores públicos.
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Os garimpeiros ilegais desciam o rio Uraricoera em sete "voadeiras" carregadas de cassiterita. O carregamento de minério roubado da terra indígena foi identificado por drones operados pelo Ibama.
Em nota, a PF disse que a tropa envolvida na operação Libertação conta com o apoio de helicópteros das forças armadas. O reforço foi disponibilizado após informações de inteligência apontarem para uma possível movimentação de garimpeiros em busca de retaliação.
O principal objetivo da base de controle é impedir a entrada de barcos com suprimentos e equipamentos para garimpos no território Yanomami. No último dia 20, foi instalada uma barreira física com cabos de aço. Desde então, nenhum barco carregado seguiu em direção aos garimpos.
"Foi um ataque criminoso programado. Todos aqueles que tentarem furar o bloqueio serão presos. Acabar com o garimpo ilegal é uma determinação do presidente Lula", disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
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