Após caso de machismo, deputada propõe projeto de lei que proíbe armas d'água no carnaval

A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) propôs um Projeto de Lei que proíbe armas d'água no carnaval da Bahia. O projeto foi desenvolvido depois que, na terça-feira (21), uma mulher foi encurralada e agredida por participantes do bloco “As Muquiranas”. O evento tem como tradição popular o uso de pistolas d'água como parte da festividade.

Em suas redes, Olívia escreveu sobre a motivação na criação do projeto: “chega de machismo recreativo, como ocorre no bloco As Muquiranas. Molhar o cabelo, a roupa para transparecer os seios e partes íntimas das mulheres não é engraçado. É humilhante”.

A deputada afirmou que é "preciso tomar providências que possam dar um basta nas ‘brincadeiras’ misóginas”. Veja a publicação:

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O caso e a repercussão

Foi encaminhado, nesta sexta-feira (24), um ofício pedindo posicionamentos do bloco a respeito do caso pela Defensoria Pública do Estado da Bahia e a Defensoria Pública da União. Os organizadores do evento têm um prazo de 10 dias para fornecer esclarecimentos.

Na quinta-feira (23), o Ministério Público da Bahia também entrou com pedido à Polícia Civil a fim de investigar os foliões envolvidos. A agressão ocorreu no Circuito Osmar, popularmente conhecido por Circuito Campo Grande, o mais tradicional carnaval de Salvador.

Vale destacar que a Bahia é o quarto estado brasileiro que mais registra violência contra a mulher, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Em nota, o bloco lamentou o ocorrido em suas redes e reforçou que é contra qualquer tipo de violência, preconceito e assédio. Os organizadores destacaram que não apoiam o uso das pistolas d´água dentro do evento e ainda se mostraram favoráveis a uma lei proibindo os brinquedos plásticos no recinto.

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