Levantamento do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) indicou que 36% dos jovens brasileiros desenvolveram quadros de ansiedade e depressão durante a fase mais aguda da pandemia da Covid-19.
Além do número elevado, os pesquisadores temem que, mesmo com o retorno das atividades com aglomeração, os quadros dos pacientes estudados permaneçam o mesmo. E o pior: podem se permanente para o resto da vida.
Dessa maneira, o estudo indica para os pais muita observação com a rotina de crianças e adolescentes. Caso seja notado algo diferente, mesmo de escala pequena, é fundamental procurar ajuda médica.
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“A ansiedade se expressa por medos, preocupações e evitação de situações que podem gerar esse medo. Em crianças pequenas, por exemplo, a gente pode observar o medo de dormir sozinha e precisar ficar com os pais, ou se manter sozinha dentro de um cômodo, o medo de se sentir sozinho na escola. Já a depressão é um estado onde não existe ou existe muito pouco vontade, ânimo ou interesse em fazer coisas e atividades prazeirosas”, explica o Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria infantil da USP.
Uma forma de ajudar crianças e adolescentes é estimulá-las a expressarem seus sentimentos dentro de casa ou na escola. Para isso, é importante uma abordagem certeira.
“Não é apenas saber se a criança está em segurança ou se ela se alimentou bem. Mas é saber se a criança consegue falar dos seus sentimentos, dos seus medos ou dos desejos. É desse diálogo que nasce toda a questão relacionada ao seu equilibro”, conta a psicopedagoga Irene Maluf.
Ainda segunda ela, esse diálogo entre pais e filhos é fundamental para diminuir o stress dos pequenos e pode ajudar no desempenho escolar.
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