O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (2) que não levará em conta a lista tríplice para a escolha do novo procurador-geral da República. O próximo nomeado será escolhido em setembro deste ano.
"Não penso mais em lista tríplice. Não penso mais, porque quando vim para a presidência, trouxe a minha experiência do sindicato. Então, tudo para mim era lista tríplice. Já está provado que nem sempre a lista tríplice resolve o problema. Então, vou ser mais criterioso para escolher o próximo procurador-geral da República", afirmou o presidente.
Leia mais: Presidente da Petrobras diz que empresa vai definir preços “como achar melhor”
A declaração aconteceu durante entrevista à rádio BandNews. Lula destacou que o critério será pessoal e que espera escolher um “cidadão decente, digno, de muito caráter e que seja respeitado pelos bons serviços prestados ao país”.
A lista tríplice é o nome dado ao resultado de uma espécie de eleição interna do Ministério Público que aponta três membros indicados pelo órgão para ocupar o cargo. O procurador-geral é o chefe do Ministério Público Federal.
A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) reúne os três nomes mais votados pelos pares do Ministério Público e envia ao presidente. O chefe do Executivo faz a escolha de quem deverá conduzir o órgão por dois anos, mandato que pode ser renovado. A indicação precisa ser aprovada pelo Senado.
Nos dois primeiros mandatos, Lula escolheu o procurador-geral por meio da lista tríplice, assim como Dilma Rousseff. Fernando Henrique Cardoso, em 2001, e Jair Bolsonaro, em 2019 e 2021, não indicaram um nome escolhido pelos procuradores.
REDES SOCIAIS