Um levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) registrou 64.447 acidentes em rodovias federais em 2022, sendo que 52.948 resultaram em mortes ou feridos. Os custos estimados dos acidentes foram de R$ 12.92 bilhões, e levam em consideração gastos com atendimento médico, previdenciário e perda de produção.
O valor é o dobro do investido pelo governo federal em manutenção da malha rodoviária, que foi de R$ 6,51 bilhões.
Segundo o estudo, a maioria dos acidentes são causados pelas condições de estrada. Em 2022, 66% da malha rodoviária foram classificados como regular, ruim ou péssimo.
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“Desde 2010, caiu em quatro vezes o investimento anual nas rodovias federais. É uma coisa absurda. Nesses 22, 23 anos, a frota aumentou, a rede aumentou, tudo aumentou, havia mais a necessidade aumentar o valor, não diminuir”, afirma o engenheiro de trânsito Sérgio Ejzemberg.
Para este ano, o governo federal reservou R$ 18 bilhões para investimento em infraestrutura. Para os gastos em rodovias, há cerca de R$ 15 milhões guardados.
“A CNT espera que esses recursos sejam investidos de forma significativa, como ainda é um recurso maior do que o observado nos últimos anos é um recurso que quando a gente analisa a série histórica, não dá nem pra cobrir o que toda a malha federal precisa pra manutenção. Porém a gente espera que esses recursos sendo aplicados nas rodovias que tragam melhor custo beneficio social e econômico para o país, isso gere um um ganho significativo pro desempenho setor transportador e pra toda sociedade”, explica Fernanda Rezende, diretora-executiva da CNT.
Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes diz que os R$ 18 bilhões darão condições para a realização de obras nas rodovias. Já a Agência Nacional de Transportes Terrestres, os riscos de acidentes é menor se as estradas forem entregues à iniciativa privada.
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