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A Assembleia Nacional Francesa constatou, nesta segunda-feira (20), o voto de duas manifestações de desconfiança contra o presidente Emmanuel Macron. A votação não foi bem sucedida e o chefe de Estado conseguiu contornar a Câmara para aprovar um aumento na idade de aposentadoria.

Se os votos seguissem no Assembleia, o governo de Macron teria sido derrubado e a reforma anulada. Para derrubá-lo, os opositores do presidente precisavam do apoio da maioria dos 577 legisladores, 287 votos. Os resultados das manifestações, foram, no entanto, de 278 votos a favor na primeira votação, e de 94 na segunda. Neste caso, o governo atual se mantém, junto com a medida de reforma da previdência — a partir do próximo ano, os trabalhadores franceses aposentarão com 64 anos, em vez de 62. 

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A reforma da previdência proposta por Macron, além de adiar a idade de aposentadoria até 2030, também antecipa para 2027 a exigência de contribuir por 43 anos, em vez de 42 como agora, para receber uma aposentadoria completa.

Embora rejeitadas por dois terços da população, o presidente francês decidiu adotar as mudanças na quinta-feira (16), recorrendo a um artigo da constituição francesa que permite que o Executivo aprove uma mudança sem aval dos deputados. OA ação resultou nos maiores protestos contra uma reforma social nos últimos 30 anos.

Protestos violentos circularam por várias cidades, incluindo Paris, e os sindicatos prometeram intensificar as greves, deixando o presidente Macron enfrentar o desafio à sua autoridade desde a revolta dos "coletes amarelos", há mais de quatro anos.

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