Notícias

Militares do GSI dizem à PF que não prenderam invasores do Planalto por "risco de vida"

Agentes também alegaram que os golpistas estavam em grande número e que o efetivo do GSI não era suficiente


24/04/2023 08h26

Em depoimento à Polícia Federal (PF) no último domingo (23), militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disseram que não prenderam invasores do Palácio do Planalto porque a situação envolvia "risco de vida".

O GSI é o órgão responsável pela segurança do presidente e do patrimônio da Presidência da República. Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, nove militares foram ouvidos no domingo. Moraes é relator de uma investigação dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Na semana passada, imagens até então inéditas do circuito interno do Palácio do Planalto foram divulgadas. Nelas, é possível ver servidores do GSI circulando entre os golpistas. Por conta disso, o general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, foi demitido.

As imagens mostram os agentes conversando com os radicais, mas também há momentos em que os servidores do GSI orientam os golpistas a sair das salas e gabinetes. A investigação procura saber se houve algum tipo de colaboração com os invasores.

Leia também: Roda Viva entrevista Ciro Nogueira nesta segunda-feira (24); conheça a bancada

Lula participa de fórum com empresários e cerimônia de premiação a Chico Buarque em Portugal

Em um dos trechos do circuito interno, o major José Eduardo Natale distribui água aos invasores. À PF, ele afirmou que se tratava de uma técnica de gerenciamento de crise. Os militares também alegaram que os golpistas estavam em grande número e que o efetivo do GSI não era suficiente.

Os agentes que prestaram depoimento fazem parte de uma lista enviada pelo GSI ao STF. A lista aponta militares que estavam no Planalto no dia da invasão. Entretanto, não significa que o GSI vê culpa nos servidores.

Veja os nomes:

1. Carlos Feitosa Rodrigues, ex-secretário de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI;

2. Wanderli Baptista da Silva Júnior, ex-diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial do GSI;

3. Alexandre Santos de Amorim, coordenador de Avaliação de Riscos do GSI;

4. André Luiz Garcia Furtado, coordenador-geral de Segurança de Instalações do GSI;

5. Alex Marcos Barbosa Santos, adjunto da Coordenação Geral de Segurança de Instalações do GSI;

6. Marcus Vinícius Bras de Camargo, chefe da Assessoria Parlamentar do GSI;

7. José Eduardo Natale de Paula Pereira, ex-coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do GSI;

8. Adilson Rodrigues da Silva, auxiliar da Coordenação Geral de Segurança de Instalações do GSI;

9. Laércio da Costa Júnior, encarregado de Segurança de Instalações do Palácio do Planalto.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Ex-vereador de Curitiba é preso por porte ilegal de arma de fogo em Campo Largo

Fumantes gastam aproximadamente 8% de toda a sua renda mensal com cigarros

EUA diz que avião chinês fez manobra "agressiva" perto de sua aeronave; Pequim alega invasão

Lula veta projeto de lei que prevê pensão vitalícia para ex-combatentes de Suez

Sudão suspende negociações de trégua com paramilitares na Arábia Saudita