O presidente Lula (PT) participou e discursou nesta terça-feira (25) no parlamento português, durante a comemoração do 49º aniversário da Revolução dos Cravos. A data celebra a queda da ditadura de Portugal, que ocorreu em 1974.
Em seu discurso, Lula criticou o que chamou de "políticos demagogos" contrários à integração da Europa, voltou a condenar a violação da integridade territorial da Ucrânia e defendeu a ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia. Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais (...). A guerra não poderá seguir definitivamente. As crises alimentar e energética são problemas de todo o mundo. Todos nós fomos afetados, de alguma forma, pelas consequências da guerra. É preciso falar da paz. Para chegar a esse objetivo, é indispensável trilhar o caminho pelo diálogo e pela diplomacia", disse.
Ainda segundo Lula, soluções militares não são a saída para os problemas atuais e que é preciso ter diálogo para que conflitos nacionais e internacionais sejam resolvidos.
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"Quem acredita em soluções militares para os problemas atuais luta contra os ventos da História. Nenhuma solução de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política".
Durante o pronunciamento, parlamentares do partido Chega, de extrema-direita, fizeram um protesto, que foi respondido com aplausos a Lula por integrantes das outras bancadas. Em seguida, o presidente do Parlamento português, Santos Silva, do Partido Socialista (PS), pediu que Lula interrompesse o discurso e cobrou respeito. "Chega de insultos, chega de envergonhar as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal" rebateu.
Os deputados do partido Chega, de extrema-direita, levantaram cartazes com dizeres como "chega de corrupção" e "lugar de ladrão é na prisão", além de bandeiras da Ucrânia.
Após cumprir agenda em Portugal, Lula irá à Espanha, onde tem encontro previsto com empresários e centrais sindicais espanholas.
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