A crise migratória prejudicou as relações diplomáticas entre Chile e Peru nesta semana. A tentativa de cerca de 200 imigrantes indocumentados, a maioria deles venezuelanos, de cruzar da cidade chilena de Arica para a cidade peruana de Tacna levou o governo de Dina Boluarte a declarar estado de emergência nas áreas fronteiriças.
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A questão aumentou quando o prefeito de Tacna descreveu o presidente Gabriel Boric como "inominável" e "irresponsável" por sua gestão da migração.
O chanceler chileno, Alberto van Klaveren, convocou o embaixador peruano, Jaime Pomareda, na tarde desta quinta-feira para pedir explicações. Além disso, ele apresentará uma nota diplomática protestando contra os comentários.
"Não devemos permitir que uma pessoa inominável e irresponsável transfira problemas de uma fronteira para outra", disse Pascual Güisa, prefeito de Tacna.
Entre dezembro e março, o Chile redirecionou entre 800 e 1.500 pessoas. O chanceler chileno reconheceu que o estado de emergência decretado no Peru, que retarda a passagem de imigrantes sem documentos, "aumenta a pressão" no norte.
“Há um problema humanitário importante. Precisamos da ajuda de organizações internacionais com experiência neste assunto”, disse van Klaveren.
Na última semana, as autoridades dos dois países ligadas ao tema realizaram pelo menos três videoconferências para tratar do problema.
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