Convidado da bancada do Jornal da Cultura desta sexta-feira (28), o economista e cientista político Ricardo Sennes falou sobre as expectativas para a atuação da oposição ao governo Lula na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro.
"O que nós vamos ver, infelizmente, é um tremendo barulho desse núcleo bolsonarista radical, que está querendo dizer, com uma narrativa, que a vítima foram os próprios bolsonaristas (...) Essa retórica, no meu modo de ver, mostra um sintoma de uma doença, talvez social, de um grupo na sociedade brasileira", disse.
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Depois de garantir maioria na CPI mista aberta pra apurar os ataques golpistas, o governo volta as atenções para os postos-chave da comissão, como a presidência e a relatoria. A intenção é ter um aliado em cada cargo pra evitar que os trabalhos virem palco pra oposição.
O comentarista também atribuiu responsabilidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no incentivo a seguidores para a prática criminosa. "Esse movimento não começou no dia 8. Esse movimento vem do final do governo Bolsonaro. O próprio presidente atestou na Polícia Federal que reproduziu vídeo questionando as eleições (...) e teve a cara de pau de dizer que estava sob efeito de remédios. Estão fazendo os brasileiros de palhaços", comentou.
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Assista ao comentário de Ricardo Sennes sobre o tema na íntegra:
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