Os dados dos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle e da filha do casal, Laura, teriam sido forjados, segundo uma reportagem da TV Globo.
Ainda de acordo com o veículo, os dados falsos teriam sido incluídos nos sistemas do Ministério da Saúde por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que foi preso na manhã desta quarta-feira (3).
Com a suposta falsificação, o ex-chefe do Executivo teria garantido sua entrada nos Estados Unidos no final de seu mandato. O país exige a vacinação contra a Covid-19 para imigrantes.
Mais cedo, a Polícia Federal (PF) efetuou mandados de busca e apreensão em endereços do ex-presidente. A operação em questão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda hoje.
Bolsonaro nega
Em entrevista após a operação da PF, o ex-militar reafirmou que ele e sua filha de 12 anos não se imunizaram contra o coronavírus.
"Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum, não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final, nunca neguei isso", acrescentou.
"O que eu tenho a dizer a vocês? Eu não tomei a vacina. Uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, decidi não tomar a vacina. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado, ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. E a outra, minha filha, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tem laudo médico no tocante isso", completou Bolsonaro.
Por fim, o ex-presidente se disse "surpreso" diante da operação da PF.
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