O projeto de lei que regula as redes sociais foi um dos temas mais debatidos da semana. Neste sábado (6), o relator da proposta, deputado federal Orlando Silva (PCdoB - SP), falou no Jornal da Cultura sobre a expectativa para a votação do texto na Câmara.
Segundo o deputado, a onda de desconfiança com o projeto, que teve a votação adiada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP - AL), é decorrente de um “abuso de poder econômico por parte das grandes empresas multinacionais que atuam para intimidar a livre manifestação dos parlamentares”.
O relator defendeu que o projeto que busca punir a disseminação de notícias falsas foi alvo das próprias fake news.
“Imagine, um deputado federal chegou a publicar nas suas redes, e teve uma grande ampliação de alcance, que o projeto proibiria a leitura de versículos bíblicos nas igrejas. É algo escandaloso. É impossível fazer isso porque há liberdade de crença, liberdade religiosa no Brasil garantida pela constituição. O que nós vivemos nos últimos dias foi uma grande onda de desinformação, de fake news contra o projeto que quer combater fake news”, disse.
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Orlando Silva citou a preocupação com situações que crianças são expostas dentro da internet, ou que são preparadas nas redes sociais e migram para o mundo físico, para defender a regulação da internet.
“Quando a gente vê aquela tragédia de São Paulo, de uma professora assassinada, ou a tragédia de Santa Catarina, de crianças assassinadas em uma creche, ou mesmo testemunho de professores que me procuraram para dizer que é cada vez mais comum crianças se auto mutilarem, quando nós vemos que isso está sendo preparado e curtido na internet, nos faz refletir sobre a seguinte questão: é justo não ter combate a conteúdo ilegal”, comentou o deputado.
Assista à entrevista completa com o relator da PL das Fake News que foi ao ar este sábado (6) no Jornal da Cultura:
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