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OMS e Unicef alertam sobre “emergência silenciosa” de nascimentos prematuros no mundo

Apenas em 2020, 13,4 milhões de bebês nasceram antes do tempo; quase 1 milhão morreu de complicações


10/05/2023 11h18

Entre 2010 e 2020, 152 milhões de partos de bebês prematuros foram registrados em todo o mundo, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Divulgado na terça-feira (9), ele aponta que o acontecimento se tornou a principal causa de mortes infantis, representando um em cada cinco de todos os óbitos antes dos 5 anos de idade.

Estima-se que apenas em 2020, 13,4 milhões de bebês nasceram antes do tempo, sendo que quase 1 milhão morreu de complicações. Isso equivale a cerca de um em cada 10 em todo o mundo. Por outro lado, os sobreviventes podem enfrentar consequências para a saúde ao longo da vida.

Produzido em parceria com a The Partnership for Maternal, Newborn & Child Health (PMNCH), aliança mundial para mulheres, crianças e adolescentes, o documento soa como um alarme sobre uma “emergência silenciosa” de nascimento prematuro.

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Apesar dos diferentes avanços na última década, não há nenhum em relação à redução do número de bebês nascidos muito cedo ou na prevenção do risco de morte. “É hora de melhorar o acesso aos cuidados para mães grávidas e bebês prematuros e garantir que todas as crianças tenham um começo saudável e prosperem na vida”, diz Steven Lauwerier, diretor de Saúde do Unicef.

O relatório ainda aponta que apenas um em cada dez bebês extremamente prematuros (com menos de 28 semanas) sobrevive em países de baixa renda, em comparação com mais de nove em cada dez em países de alta renda.

Grandes desigualdades relacionadas à raça, etnia, renda e acesso a cuidados de qualidade determinam a probabilidade de nascimento prematuro, morte e incapacidade, mesmo em países de alta renda. Da mesma forma, os impactos de conflitos, mudanças climáticas e danos ambientais, da Covid-19 e do aumento do custo de vida estão aumentando os riscos para mães e filhos.

O sul da Ásia e a África subsaariana têm as taxas mais altas de parto prematuro, sendo que as crianças dessas regiões enfrentam o maior risco de mortalidade. Juntas, essas duas regiões respondem por mais de 65% dos nascimentos prematuros em todo o mundo.

Gravidez na adolescência e pré-eclâmpsia, estão intimamente ligados ao cenário. Nesse contexto, os especialistas destacam a necessidade de garantir o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo planejamento familiar eficaz, com atendimento de alta qualidade na gravidez e no momento do parto.

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