A semana de quatro dias de trabalho já foi testada em diversos países do mundo. Entretanto, a aplicação do modelo no Brasil de forma experimental acontecerá de forma inédita entre os meses de junho e dezembro deste ano. A iniciativa visa analisar o impacto da redução da carga horária na produção e na qualidade de vida dos trabalhadores.

O projeto piloto em território brasileiro é uma iniciativa da “Reconnect Happiness at Work” em parceria com a “4 Day Week Global” e o “Boston College”.

Como vai funcionar?

Nos meses de junho e julho, a “Reconnect” fornecerá informações sobre como o experimento deve ser realizado. As empresas interessadas em participar deverão responder um formulário já disponibilizado no site da companhia. Na sequência, está previsto para ocorrer o período de inscrições durante o mês de agosto. O programa deve ser iniciado já em setembro deste ano.

O formato testado é do tipo “100-80-100”. Ou seja, 100% de pagamento do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade.

A “Boston College” fica responsável com a apuração da efetividade do modelo, realizando pesquisas antes e após a implementação do experimento.

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O que diz a empresa organizadora?

Em informativo presente no site da "Reconnect", a empresa destaca que o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo, o quinto no ranking de depressão e o segundo em síndrome de burnout. A semana de quatro dias teria a proposta de trazer mais produtividade, mais bem-estar e a melhora na saúde mental dos trabalhadores.

De acordo com a instituição, a redução da jornada de trabalho não tem a intenção de tirar propriamente um dia da semana, mas reconfigurar a forma como se gere o tempo, automatizando processos e revendo prioridades.

Outro fator elencado é o de que a participação humana na gestão da tecnologia é essencial no mercado de trabalho, sobretudo num cenário em que a inteligência artificial segue em crescimento em inúmeros setores.

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Teste em países do mundo

O experimento já foi realizado em países como Emirados Árabes, Reino Unido, Espanha, Suécia, Bélgica e Islândia.

Na maioria das empresas testadas houve um registro de aumento da receita, que expressa um crescimento da produção, e melhoria da qualidade de vida dos funcionários.

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