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Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto

O inquérito sigiloso que apura a suspeita de intervenção eleitoral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022 concluiu que a visita do ex-ministro Anderson Torres ao nordeste continha motivações política. Em depoimento, o ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF), Márcio Nunes, disse que ele e Torres foram à Bahia para visitar obras e teriam aproveitado a viagem para conversar sobre a estrutura de policiamento no segundo turno.

As alegações de ambos não convenceram os investigadores, que enxergam conflitos e contradições com as circunstâncias que de fato ocorreram. Um dos motivos é que, de acordo com os três delegados que integravam a cúpula da PF na Bahia à época, a motivação da visita de Torres e Nunes foi política, para falar sobre as eleições. E, além disso, foi de última hora. 

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A reunião aconteceu em 25 de outubro e durou meia hora. Segundo os delegados presentes, Torres abriu a conversa dizendo que estava preocupado com compra de votos, porque houve uma notícia semelhante vindo da Bahia no primeiro turno, e sugeriu atuação conjunta com a PRF para evitar a situação.

Para a Polícia Federal, o escopo da viagem não foi visitar a reforma do prédio da corporação, e sim a intervenção no processo eleitoral do Estado.

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