Após liderança indígena ser baleada no Pará, MPF convoca reunião de urgência
O crime teria ocorrido na noite do último domingo
15/05/2023 21h43
O Ministério Público Federal (MPF) convocou uma reunião de emergência na tarde desta segunda-feira (15) após o cacique Lúcio Gusmão Tembé ter sido baleado na madrugada de ontem (14). O crime, que ocorreu na cidade de Tomé-Açu (PA), está sendo investigado pela Polícia Civil do Pará.
Líder da aldeia Ture-Mariquita, o cacique segue internado em Belém (PA), no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE). Segundo a secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do estado, policiais já estiveram no local para auxiliar na elucidação do ocorrido e apurar os suspeitos envolvidos no caso.
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Como o crime teria ocorrido?
O cacique estaria voltando a sua comunidade quando o carro em que estava atolou na estrada. Ao descer do veículo, ele teria sido abordado por dois homens em uma moto. Na sequência, um dos motoqueiros teria atirado com uma arma de fogo que atingiu o rosto de Lúcio.
A motivação do suposto atentado e a identidade dos pistoleiros ainda não foram identificadas.
A principal suspeita apontada pelos indígenas é a de que o conflito seria decorrente de uma empresa de óleo de palma que fica localizada nos arredores da área indígena Ture-Mariquita, que tem cerca 146 hectares e teria sido homologada em 1991. Atualmente, a comunidade faz reivindicações onde se encontram plantações de dendê, matéria-prima para a produção de diversos óleos da companhia instalada no local.
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