O Roda Viva desta segunda-feira (5) recebe o romancista estadunidense Jonathan Franzen, autor de "Encruzilhadas", primeiro volume de uma trilogia que acompanha uma típica família norte-americana dos anos 70 aos dias atuais e que acaba de ser lançado no Brasil.
A jornalista Gabriela Mayer problematiza a questão da suposta universalidade literária e questiona se, nos dias atuais, a identificação gerada nos leitores por um livro costuma ser menos abrangente e mais segmentada. Sobre esse aspecto, Franzen destaca que, embora fale a partir de uma perspectiva de um homem norte-americano branco, a maior esperança de um romancista é a de que haja uma sensação de reconhecimento dos leitores.
“Quando você, como leitor, tem essa sensação de reconhecimento, você sente uma conexão. Eu acho que, fundamentalmente, a função da literatura é essa sensação de conexão”, afirma.
Franzen ainda enfatiza que acredita que uma das funções do escritor de ficção é ajudar a entender "como é ser alguém diferente de nós".
“Nós operamos a partir da premissa de que todas as pessoas são fundamentalmente semelhantes e que as muitas diferenças óbvias de posição social, gênero e todo tipo de aspecto identitário, elas são importantes, mas por baixo delas, deveríamos ser capazes de entender como é ser qualquer outro ser humano”, finaliza.
Assista ao programa na íntegra:
Participam da bancada de entrevistadores Pedro Pacífico, advogado e produtor de conteúdo literário, Carlos Graieb, diretor do portal O Antagonista e da revista Crusoé, Gabriela Mayer, jornalista, crítica literária e apresentadora do podcast Café da Manhã, da Folha de S.Paulo, Ruan de Sousa Gabriel, repórter do jornal O Globo, e Ubiratan Brasil, editor do Caderno 2, do jornal O Estado de S.Paulo.
Com apresentação de Vera Magalhães, o programa será exibido a partir das 22h na TV Cultura, no app Cultura Play, no site da emissora e nas redes sociais YouTube, Tik Tok, Twitter e Facebook.
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