O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou a jornalistas em Belo Horizonte (MG) após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formar maioria para torná-lo inelegível por abuso de poder político.
Bolsonaro criticou a atuação do TSE durante o processo eleitoral de 2022 e afirmou que teve os direitos cassados em um “julgamento político”.
“O Tribunal Superior Eleitoral trabalhou contra as minhas propostas. Fui proibido de mostrar imagens do Lula defendendo aborto, proibido mostrar imagem do Lula dizendo que pode roubar um celular pra tomar uma cervejinha, proibido de mostrar imagem do Lula com o boné do CPX, lá do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, proibido de fazer live na sua casa, proibido de mostrar imagens do 7 de setembro”, reclamou.
O ex-presidente compareceu ao enterro do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli nesta sexta-feira (30).
Bolsonaro comparou a cassação ao atentado que sofreu durante a disputa eleitoral presidencial em 2018.
Leia também: Moraes mantém prisão de Mauro Cid, que presta depoimento à PF nesta sexta (30)
“O dia vai ser emblemático para mim como foi o 6 de setembro de 2018, quando levei uma facada pela frente. Hoje, levei uma punhalada. Quem levou uma punhalada não foi Jair Bolsonaro, foi a democracia brasileira” (sic), afirmou.
Jair Bolsonaro reafirmou que sempre respeitou a constituição e trabalhou dentro das “quatro linhas”. Ele também minimizou a responsabilização de pessoas eleitas a cargos públicas punidas pelo compartilhamento de fake news.
“Nem existe, no nosso arcabouço jurídico, a figura de fake news, e tem gente sendo presa, condenada, expulsa, páginas desmonetizando, por causa disso”, comentou.
O presidente eleito em 2018 voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
“O que nós estamos assistindo é, basicamente, um poder judiciário, através de uma pessoa, tomando medidas de acordo com a sua cabeça”, declarou.
Sobre o futuro pós cassação de direitos políticos, Bolsonaro disse que vai conversar com seus advogados e falou na possibilidade de recorrer da decisão junto ao STF.
Leia também: Ministro nacionalista da Finlândia renuncia após ser acusado de fazer referências nazistas
REDES SOCIAIS