Scott Morrison, ex-primeiro-ministro da Austrália, recebeu apelos de aliados e opositores para deixar seu cargo na Câmara dos Representantes, frente à divulgação do relatório investigativo sobre o ‘Robodebt’.
O esquema foi apelidado com a junção das palavras ‘robot’ e ‘debt’ (‘robô’ e ‘dívida’, em português), pois funcionava a partir da cobrança automatizada de dívidas dos favorecidos da renda básica australiana. Com base em um algoritmo incorreto, os beneficiários recebiam cartas dizendo que deviam milhares de dólares ao governo. Mais de meio milhão de australianos foram afetados pela política.
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O sistema operou de 2016 até 2019, quando foi considerado ilegal pelo Tribunal Federal. Na sexta (7), o relatório final do inquérito da Comissão Real foi publicado, descrevendo o episódio como “uma falha custosa da administração pública”. Também foi apurado que aos menos três suicídio foram resultados direto do ‘Robodebt’.
O atual Primeiro-Ministro, Anthony Albanese, declarou no mesmo dia que o ocorrido foi uma “traição grosseira” aos cidadãos e que feriu os mais vulneráveis. Em nota divulgada em seu próprio site, Morrison rejeitou os apontamentos do relatório quanto ao seu envolvimento no caso, declarando que “agiu de boa fé e seguindo um conselho claro e deliberado do Departamento [de Serviços Humanos] de que nenhuma legislação era necessária para introduzir o programa”.
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